Para
alcançar essa renda até 2030, profissionais querem apostar em empreender,
conquistar cargos de liderança ou mudar de profissão
Quando
o assunto é sua vida profissional, você já sabe o que quer conquistar nos
próximos cinco anos? Segundo uma nova pesquisa da Onlinecurriculo, plataforma
de currículos online, muitos brasileiros já têm um objetivo central
para concretizar: alcançar uma renda mensal superior a R$ 10 mil até 2030 —
valor que, hoje, faz parte da realidade de poucos, já que cerca de 90% da
população recebe menos de R$ 3 mil por mês, de acordo com a PNAD Contínua de
2021.
De
forma geral, o estudo, realizado com 500 brasileiros de todas as regiões e
classes sociais do país, buscou entender como as pessoas se veem daqui a cinco
anos e quais são suas principais ambições profissionais. Quando se
trata de dinheiro, por exemplo, para 63% dos entrevistados, ganhar mais de seis
salários mínimos é uma das prioridades para os próximos cinco anos. Ou
seja, considerando o rendimento mensal da maioria dos brasileiros, os
respondentes querem ganhar três vezes mais do que a média nacional, nesse meio
tempo.
Para
alcançar a tão almejada remuneração, a resposta de 33% dos ouvidos foi
investir em seu próprio negócio, resposta mais comum tanto entre os
representantes da geração Z (1997 - 2007) quanto os millennials (1981
-1996). O dado, vale dizer, parece refletir o
crescimento do empreendedorismo no Brasil nos últimos anos — visto que, apenas
em 2024, mais de quatro milhões de novas empresas foram abertas, superando os
números de 2023, segundo o Sebrae.
Há,
ainda, quem queira traçar outro caminho específico — como destacam os 25% dos participantes
que se veem ocupando cargos de liderança até 2030. A ambição de
chefiar, nesse sentido, não se restringe somente aos empreendedores, mas também
a quem quer evoluir dentro dos ambientes de trabalho tidos como “tradicionais”.
Nesse número, a taxa entre as gerações Z e Y também é uma unanimidade,
representando 37% cada grupo geracional — já que esses desejam
não só liderar de forma autônoma, mas dentro das empresas.
Outro
objetivo compartilhado por parte dos respondentes é, até 2030, conseguir mudar
de profissão, uma tendência observada entre diferentes gerações, mas com
variações dependendo da faixa etária. De acordo com os dados
analisados, por exemplo, 22,2% dos entrevistados afirmam que pretendem mudar de
área nos próximos cinco anos. Esse percentual é ainda maior entre os
nascidos entre 1997 e 2007 (40%), sendo 15% superior em comparação com aqueles
nascidos na década de 1980 (35%).
Além
da transição de carreira, outro movimento relevante é o interesse por
oportunidades profissionais fora do país. Isso porque cerca de 15,6%
dos entrevistados desejam trabalhar para o exterior de forma remota, recebendo
em moeda estrangeira — um fator que pode estar associado ao aumento do
poder de compra, a internacionalização da carreira e a previsibilidade de
gastos por conta de uma moeda mais estável. A geração Z se destaca nesse
quesito, com 46,1% das respostas, mais que o dobro dos millennials (21,3%).
A Gen
Z, a propósito, também é destaque na procura por conhecimento, visto que 45%
das pessoas que disseram se ver seguindo a carreira acadêmica em 2030 pertencem
à tal faixa etária.
Para
alcançar esses objetivos, os brasileiros entendem que a qualificação
tecnológica será um diferencial competitivo nos próximos anos. Sobre
isso, cerca de 58,6% dos entrevistados afirmam que dominar ferramentas
de Inteligência Artificial será essencial para alcançar esses objetivos
profissionais — seja
abrir um negócio próprio, crescer na empresa ou mudar de profissão.
Além
da IA, competências como análise de dados (31,6%), programação básica
(23,6%) e automação (18,6%) também aparecem como habilidades-chave para a
adaptação ao futuro do trabalho.
Para
concretizar essas metas, é inegável que o mercado exigirá mais
profissionais com domínio tecnológico — mas o modo como essas competências são apresentadas também
faz toda a diferença. Mais do que ter qualificações, se destacar
profissionalmente depende de saber apresentar seu valor de maneira clara e
impactante.
Por
isso, um currículo estratégico ou até uma carta de apresentação bem escrita, podem traduzir o conhecimento adquirido
para recrutadores e potenciais clientes; além de criar uma conexão pessoal com
a empresa interessada e demonstrar preparo para os desafios do futuro.
Mais
que salário: o que os brasileiros querem alcançar com o trabalho?
Para
os brasileiros, o trabalho é mais do que uma fonte de renda — é um meio
para concretizar conquistas pessoais. Quase 50% dos respondentes
afirmam que, nos próximos cinco anos, a principal aspiração financeira é ter
condições de sustentar hobbies e paixões particulares.
Apesar
de priorizarem prazeres individuais, os brasileiros buscam por segurança e
estabilidade financeira da família: 44% dos participantes desejam
garantir conforto para os filhos e 32,2% querem ajudar financeiramente parentes
ou amigos. A compra da casa (39%) e do veículo próprio (33%) aparecem
apenas em terceiro e quarto lugar na lista, sugerindo mudança de
comportamento — com
menos foco na posse de bens e mais ênfase em experiências e suporte
familiar.
Outras
aspirações ligadas ao crescimento pessoal e profissional também estão no
horizonte dos brasileiros: 18% pensam em mudar de cidade, 15,4% querem investir
em capacitação profissional no exterior e 13,2% veem o casamento como um
objetivo.
Os
dados mostram que o trabalho, nos próximos cinco anos, será um caminho
não apenas para ganhar dinheiro, mas sim um trampolim para a independência, o
bem-estar e a realização de projetos de vida que vão além da carreira.
Para
conferir mais informações desta pesquisa acesse aqui.
Metodologia
Entre
os dias 03 a 05 de fevereiro de 2025, a Onlinecurriculo ouviu 500 pessoas de
diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do
país. Mulheres e homens foram entrevistados individualmente, respondendo às
perguntas por meio de questionário estruturado em formato online.
https://onlinecurriculo.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário