Causado por alterações hormonais, predisposição genética e, principalmente, exposição excessiva ao sol, o melasma é uma das principais condições que afeta em grande maioria o público feminino. Por isso, a dermatologista Vanessa Perusso dá dicas sobre a aplicação do protetor solar para prevenção.
Apesar proporcionar inúmeros benefícios, os raios solares podem causar alguns problemas na pele quando há exposição excessiva. E o melasma é o principal deles. Uma pesquisa desenvolvida na Faculdadede Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aponta que 15% a 35% das mulheres brasileiras sofre com essa condição. Helioderm convidou a dermatologista Vanessa Perusso para responder as principais dúvidas sobre o problema e orientar sobre como preveni-lo.
Afinal,
o que é melasma?
“Basicamente
são manchas escuras em tons amarronzados, acinzentados e azulados que, na maioria
dos casos, aparece no rosto em áreas como bochechas, testa, queixo e acima dos
lábios. É importante dizer que a condição não é prejudicial à saúde, mas pode
causar desconforto por acabar influenciando na autoestima”, explica a
especialista.
É
verdade que a condição afeta mais mulheres do que homens?
“Sim,
é uma diferença bastante considerável. Cerca de 90% dos casos ocorrem em
mulheres. Mas isso não exclui a possibilidade de homens também terem melasma.
Apesar de menos comum, em casos de exposição significativa ao sol ou quando há
desequilíbrio hormonal, eles também podem desenvolver a condição.”
Por
que a condição surge?
A
profissional explica que existem diferentes fatores que podem provocar o
surgimento do melasma:
- Exposição ao sol: essa é a principal
causa e surge por conta da radiação ultravioleta quando há exposição sem
proteção adequada, o que pode estimular a produção de melanina e
desencadeia as manchas escuras na pele.
- Predisposição: se outras
pessoas da família já possuem melasma, é possível que a predisposição
genética provoque as manchas.
- Alterações hormonais: mudança
nos níveis de hormônios durante a gravidez, uso de anticoncepcionais e
síndrome do ovário policístico são fatores consideráveis no
desenvolvimento do problema.
“As
causas podem variar muito de pessoa para pessoa, é preciso avaliar cada caso
isoladamente, porém é possível que alguns produtos para a pele, outros
medicamentos e procedimentos estéticos também sejam fatores que estimulem a
produção dessas manchas”, alerta.
É
verdade que o melasma surge apenas depois dos 30 anos?
“Não.
Inclusive, pessoas de qualquer idade podem desenvolver, principalmente se há
exposição solar excessiva. O desenvolvimento do melasma é mais comum em adultos
e jovens de 20 a 40 anos, especialmente em mulheres em idade reprodutiva e
gestantes.”
Como
cuidar do melasma?
“Antes
de tudo, é importante reforçar que esta é uma condição crônica, portanto, o
cuidado deve ser contínuo. Com isso, junto de tratamentos mais diretos, como a
inclusão ácidos na rotina de autocuidado, medidas de prevenção precisam ser intensificadas.
Entre elas, o uso de protetor solar com alto fator de proteção,
preferencialmente 50, não apenas durante as altas temperaturas, como também
para quando o tempo estiver nublado é essencial. Seguindo esse passo é
possível evitar a recorrência do melasma”, reforça a dermatologista.
Vale lembrar:
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- A
aplicação do protetor solar deve ser feita de 15 a 30 minutos antes de
sair de casa;
- Para
uma proteção eficaz, a quantidade de produto ideal para o rosto é de uma colher
de chá cheia;
- É
importante reaplicá-lo a cada duas horas, principalmente se houver
exposição direta ao sol;
- Após
nadar, suar ou se molhar, o protetor solar deve ser reaplicado
imediatamente.
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Fonte: IQVIA, FMB, canal varejo, total Brasil, base Dez’23, Categoria “Proteção Solar”, Área Final “Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos”, em unidades, MAT Dez’23
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