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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Câncer de pulmão é um dos mais incidentes no Brasil, diagnóstico precoce contribui o aumento das chances de cura

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença

 

O mês de agosto é marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer de pulmão. O objetivo principal é alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce da doença e os fatores de risco. O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por neoplasias em todo o mundo. No Brasil, uma em cada cinco mortes por câncer são de pulmão, segundo Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Apesar da letalidade da doença, a taxa de sobrevida mudou ao decorrer dos anos. No Centro de Referência de Tumores de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center, a taxa de sobrevida saltaram de 10,4%, em 2000, para 51,1% em 2017, nos homens e 18,8% (2000) passou a 59,0% (2017) nas mulheres. Esse impacto é resultado de uma estrutura que possibilita alta precisão diagnóstica, cuidado integrado e multidisciplinar para pacientes e tratamento personalizado considerando características clínicas individuais e o perfil biológico do tumor. 

“Uma das estratégias para evitar as consequências danosas do diagnóstico tardio é o rastreamento. Pessoas com mais de 50 anos, fumantes ou ex-fumantes que pararam de fumar há menos de 15 anos devem consultar seu médico sobre a indicação de rastreamento. Através de tomografia de tórax com baixa dose de radiação, podemos detectar câncer de pulmão em fases mais precoces, onde o sucesso do tratamento é maior. Indivíduos que fazem rastreamento anual com tomografia têm uma redução de 20% do risco de morrer por câncer de pulmão”, explica Dr. Jefferson Luiz Gross, líder do Centro de Referência em Tumores de Pulmão e Tórax no A.C.Camargo Cancer Center. 

Outros elementos também contribuem para os desafios contra a doença, como o tabaco, em suas várias formas de consumo, guarda relação direta com a incidência, seja ele industrializado, de palha com fumo em corda, charuto ou narguilé – os eletrônicos ainda não foram observados por tempo suficiente, mas também representam um risco. 

“O tabagismo é o principal fator de risco, não apenas ao fumante, mas às pessoas que convivem com esse perfil, a maioria dos diagnósticos de câncer de pulmão estão associados ao consumo do tabaco. O narguilé, por exemplo, quando há o consumo de vinte a oitenta minutos, equivale a 100 cigarros comuns “complementa o especialista. 

Há outros fatores de risco que vão além do cigarro, como a poluição ambiental, a queima de combustíveis fósseis, asbestos, arsênio, o uso de fogão à lenha em cozinhas e cômodos com pouca ventilação e alguns fatores genéticos.

 

A.C.Camargo Cancer Center
www.accamargo.org.br

 

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