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sábado, 24 de agosto de 2024

Aprofundamento Intelectual Influencia o Desenvolvimento e Expressão da Introversão: Um estudo neurocientífico


Um estudo recente, liderado pelo neurocientista pós-PhD Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, da Califórnia University FCE, em Portugal, investigou a relação entre o aprofundamento intelectual e a introversão. A pesquisa, conduzida em colaboração com Flávio Henrique dos Santos Nascimento, bacharel em medicina pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e residente em psiquiatria pela UFPI; Carlos Ernesto dos Reis Lima, mestre em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade da Região de Joinville e médico pela Universidade Federal Fluminense; Rodrigo Fernandes Pereira Neves, graduado em nutrologia e pós-graduado em endocrinologia pela Unaerp Ribeirão Preto; Simone Costa Resende da Silva, formanda em Ciências Econômicas e Direito pelo UNICEUB em Brasília; e Luiza Oliveira Zappalá, estudante de Direito na PUC Minas, foi publicada na revista "Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar".

O estudo explorou como o engajamento intelectual intenso pode influenciar a preferência por interações sociais, com foco no papel de regiões cerebrais específicas e neurotransmissores. A pesquisa revelou que a ativação do hipocampo e do córtex pré-frontal, modulada por neurotransmissores como dopamina e serotonina, desempenha um papel crucial na formação de memórias e na motivação social.

Indivíduos com alta capacidade intelectual tendem a apresentar maior atividade nessas áreas cerebrais, o que pode levar a uma preferência por atividades solitárias e introspectivas. A pesquisa também investigou como variações neuroquímicas podem influenciar as capacidades de engajamento social, elucidando os mecanismos biológicos que predispõem indivíduos altamente intelectuais a preferir o isolamento a interações sociais menos estimulantes.

Este estudo aprofunda a compreensão de como a neuroanatomia e a neuroquímica moldam comportamentos introvertidos e a preferência por atividades solitárias, influenciando os processos de integração social. As descobertas podem ter implicações significativas para a compreensão da introversão e o desenvolvimento de estratégias para promover o bem-estar e a inclusão social de indivíduos com alta capacidade intelectual.


Juliana Paes relata sofrer com crises de ansiedade e pânico

 

Quem vê a linda atriz Juliana Paes, atuando e brilhando nos folhetins, sempre com papéis marcantes e fortes, nem imagina que a bela já vivenciou situações extremistas, relacionadas à saúde mental.

 

A atriz relata que o excesso de trabalho, o consumo intenso de informações e a rotina atribulada contribuíram para o desequilíbrio emocional que trouxe sintomas de taquicardia, choros e angústias recorrentes, além de outras sensações que a levaram para um lugar de muita dor e medo.

 

A talentosa artista chegou a se isolar por um tempo da mídia para se dedicar ao tratamento psicoterápico, após uma espécie de síndrome traumática seguida de depressão. Mas, como podemos identificar e tratar a ansiedade e o pânico?

 

A ansiedade surge de um conflito mental e tem uma base biológica, ou seja, já nascemos propensos à ansiedade, que seria uma capacidade de reagir aos perigos que poriam em risco a nossa sobrevivência. Portanto, ela é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça.

 

Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro. No estado de ansiedade a mente cria vários pensamentos negativos e fantasia diversas, cenas temidas.

 

Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada.

 

Para evitar o aumento dos casos de ansiedade ou diminuir os impactos desta na saúde de um indivíduo, é preciso conhecer o ciclo vicioso que faz com que ela aumente com o tempo.

 

Conhecendo o ciclo vicioso da ansiedade fica fácil entender que a ansiedade só tem “cura” quando o tratamento vai na sua raiz, mudando assim a percepção do funcionamento dos gatilhos que desencadeiam os ciclos.

 

Por exemplo, imagine a seguinte situação: você precisa apresentar um trabalho importante, contudo está se sentindo um pouco ansioso e pede para adiar a data da apresentação.

 

Sua ansiedade diminui e isso provoca uma sensação de alívio temporário. Porém, aqui se inicia um ciclo, pois quando alguma coisa está desencadeando o medo, evitá-la traz uma sensação boa e porque traz uma sensação boa, está reforçando a ansiedade. Portanto evitá-la só vai aumentar sua ansiedade e você ficará refém dela.

 

Esse ciclo também pode trazer alterações físicas, visto que o corpo reage da mesma maneira para a imaginação ou para a realidade, sentindo-se ameaçado e em perigo, e aciona o mecanismo de luta ou fuga, disparando hormônios que levam aos sintomas ansiosos, última etapa do ciclo vicioso da ansiedade.

 

Além disso, a percepção dos sintomas ansiosos, nos levam a mais medos como: infartar, enlouquecer, morrer, assim como mais pensamentos e imagens catastróficas, reforçando as crenças negativas e retroalimentando o ciclo da ansiedade.

 

Enfim, após o acompanhamento psicológico Juliana Paes diz entender melhor a importância dos cuidados com a saúde mental e alerta que precisamos compreender e identificar o que estamos sentindo e buscar ajuda.

 

Informação e acolhimento são fundamentais, pois dentro de um quadro clínico de ansiedade ou pânico, a pessoa que sofre não vê com clareza quais fatores desencadeiam as crises, já que a raiz do problema pode ser encontrada em diversos pontos, como uma frustração, conflitos pessoais internos, alguma crença, entre muitos outros.

 

Porém, seja qual for a causa, é preciso aprender a lidar com o que foge ao nosso controle e também desacelerar os processos internos para promover o equilíbrio físico e mental.                        

 

 

Dra. Andrea Ladislau - Psicanalista


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