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quarta-feira, 20 de março de 2024

Quem usa aparelho auditivo é considerado uma pessoa com deficiência?

 

Segundo IBGE, 5% da população brasileira tem alguma deficiência auditiva, o que corresponde a mais de 10 milhões de cidadãos, sendo que 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, conseguem ouvir nenhum tipo de ruído. 

 

Nos últimos anos, a conscientização sobre a importância da saúde auditiva tem crescido significativamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo terão algum grau de perda auditiva até 2050.

Com isso, surgem questionamentos sobre como a perda auditiva afeta a vida das pessoas e quais são as melhores formas de lidar com esse desafio. Dra. Vanessa Gardini, fonoaudióloga especialista em reabilitação auditiva, da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), ressalta que ouvir é importante para o desenvolvimento da vida social.

“A audição é essencial para a nossa compreensão do mundo, sendo um sentido primordial que nos conecta com o ambiente e as pessoas ao nosso redor. É através dela que captamos os sons da natureza, as vozes dos nossos entes queridos e os ruídos da vida cotidiana, permitindo-nos comunicar e interagir de forma significativa”, diz.


Causas da perda auditivas

Uma das soluções mais eficazes para a perda auditiva é o uso de aparelhos auditivos, dispositivos projetados para amplificar os sons e melhorar a qualidade de vida dos deficientes auditivos.

A perda auditiva é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, de todas as idades e origens. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira tem alguma deficiência auditiva, o que corresponde a mais de 10 milhões de cidadãos, sendo que 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, conseguem ouvir nenhum tipo de ruído.

A surdez pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo idade avançada, exposição a ruídos altos, infecções e condições genéticas. Independentemente da causa, a perda auditiva pode ter um impacto significativo na vida cotidiana de um indivíduo, afetando sua capacidade de se comunicar, socializar e até mesmo trabalhar.

“É fundamental entender que a perda auditiva não apenas afeta a capacidade de ouvir os sons, mas também pode ter sérias consequências emocionais, sociais e psicológicas. Muitas pessoas que sofrem de perda auditiva enfrentam sentimentos de isolamento, depressão e baixa autoestima devido à dificuldade em se comunicar e se envolver com o mundo ao seu redor”, alerta Dra. Vanessa.


Mas, afinal, quem usa aparelho auditivo é considerado uma pessoa com deficiência?

A resposta é depende do grau de perda auditiva do paciente. Conforme o artigo 4º do Decreto Federal 3.298/1999 “é que é considerada pessoa com deficiência auditiva, o indivíduo que possua perda auditiva bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma, na média das frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz”.

Essa informação é importante, pois se a pessoa está nessa faixa de perda auditiva, ela pode recorrer a alguns direitos garantidos pela lei como:

  • Reserva de vagas de emprego em empresas privadas;
  • Vagas destinadas em concursos públicos
  • Passe livre em transporte público;
  • Aposentadoria especial;
  • Pagamento de meio entrada em eventos;
  • Desconto na conta de energia;
  • Política de cotas em universidades públicas e privadas;
  • Entre outros.

Dra. Vanessa comenta que a evolução dos aparelhos auditivos tem ajudado a pessoa com deficiência, tornando-se mais discretos, confortáveis e eficazes. Hoje em dia, existem uma variedade de modelos disponíveis para atender às necessidades individuais de cada pessoa, desde aparelhos auditivos invisíveis no canal auditivo até dispositivos recarregáveis e conectados à internet.

“Apesar dos avanços na tecnologia dos aparelhos, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados. Um dos principais obstáculos é o estigma associado à perda auditiva e ao do equipamento auditivo. Muitas pessoas relutam em buscar ajuda especializada devido ao medo do julgamento social e da discriminação”, afirma a fonoaudióloga.

É fundamental combater esse estigma e educar o público sobre a importância da saúde auditiva e a eficácia dos aparelhos auditivos. Isso pode ser feito através de campanhas de conscientização, programas de educação pública e iniciativas que promovam a inclusão e a aceitação das pessoas com perda auditiva na sociedade.

  


Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos


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