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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Conheça os mitos sobre o câncer de mama e promova a prevenção corretamente

A aplicação de silicone, carregar objetos no sutiã como o celular, hereditariedade e trauma nos seios são alguns dos mitos que atrapalham a conscientização sobre a doença

 

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta a estimativa de cerca de 73.610 casos novos de câncer de mama neste ano, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres no país. 

Apesar da mobilização durante o período do Outubro Rosa, muitas pessoas ainda podem ter ideias equivocadas e mitos sobre os fatores que podem causar o câncer de mama. A conscientização e a disseminação de informações corretas são fatores fundamentais para contribuir com a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

A Dra. Vanessa Donatelli, mastologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo destaca os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama: “com o autoexame é possível identificar um caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; também a pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos; pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas) também pode aparecer”, enumera a especialista.

 

Aqui estão algumas crenças comuns, mas incorretas, sobre o câncer de mama:

Mito: o câncer de mama afeta apenas mulheres

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Mito: trauma nos seios causa câncer de mama

Um trauma, como uma batida nos seios, não é capaz de desencadear o câncer de mama.

Mito: é uma doença contagiosa

O câncer de mama não é contagioso, ou seja, não pode ser transmitido de uma pessoa para outra.

Mito: é hereditário

Embora a história familiar possa influenciar o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama, a maioria dos casos de câncer de mama não é hereditário. Menos de 10 a 15% dos casos de câncer de mama são considerados hereditários.

Mito: consumo exagerado de álcool

O consumo excessivo de álcool é um fator de risco para vários tipos de câncer, mas não há uma ligação direta entre o consumo de álcool e o desenvolvimento do câncer de mama.

Mito: desodorante pode causar câncer de mama

Não existe qualquer relação com o uso de desodorantes ou qualquer creme depilatório na axila que favoreça o desenvolvimento do câncer de mama.

Mito: carregar objetos no sutiã como celular, dinheiro, cigarro pode causar câncer

Muitas mulheres utilizam o sutiã como uma espécie de bolso secreto, levando dinheiro, cartões e o celular. Por isso, algumas pessoas começaram a afirmar que a radiofrequência dos aparelhos poderia comprometer os tecidos mamários. Até hoje, isso não foi comprovado cientificamente.

Mito: colocar silicone

A pesquisa científica atual não indica que o silicone aumente as chances de câncer. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, não há evidências científicas que comprovem a relação entre o uso de próteses de silicone e o desenvolvimento de câncer de mama.

 

Fatores que contribuem

O câncer de mama é uma doença complexa e multifatorial. Sua ocorrência pode ser influenciada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A melhor maneira de reduzir o risco de desenvolver câncer de mama é adotar um estilo de vida saudável, fazer exames regulares e estar ciente dos fatores de risco como:

Idade: o risco de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade.

Tecido mamário denso: mulheres com tecido mamário denso têm maior risco de câncer de mama.

Exposição ao estrogênio: a menstruação precoce, a menopausa tardia e a terapia de reposição hormonal podem aumentar o risco de câncer de mama.

Exposição à radiação: tratamentos anteriores de radiação na região do tórax, como no caso do linfoma de Hodgkin, podem aumentar o risco de câncer de mama.

Obesidade: estar com sobrepeso ou obesidade após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama.

“A detecção precoce é fundamental para o tratamento e a cura da doença, por isso, o autoexame das mamas e a realização da mamografia são importantes para o diagnóstico precoce do câncer de mama”, enfatiza a Dra Donatelli.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

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