Hospital Sapiranga, reconhecido por seu compromisso com a saúde da comunidade, reforça a importância da conscientização no Dia Mundial da Hipertensão, celebrado em 17 de maio
A Hipertensão Arterial, popularmente
conhecida como pressão alta, é uma doença crônica que se caracteriza pelo
aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Estima-se que cerca de
30% dos brasileiros sejam hipertensos, sendo um dos principais fatores de risco
para doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
O médico
do Hospital Sapiranga, Anderson Dal Pozo, salienta que a falta de controle
adequado da pressão arterial pode levar a complicações graves e até mesmo
fatais. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância
da prevenção, do tratamento adequado e da adoção de um estilo de vida saudável.
“É uma
doença multifatorial em que fatores genéticos, sociais e ambientais podem
influenciar no seu surgimento, sendo assim além de nos preocuparmos com a
história familiar e assim procurar identificar a hipertensão de forma precoce
(através da aferição regular da mesma) nos indivíduos que apresentem histórico
familiar, devemos nos preocupar com os fatores que podem ser modificáveis
através das mudanças no estilo de vida como dieta saudável, atividade física
regular, controle do peso, controle do estresse, cessação do tabagismo e
redução do consumo de bebidas alcoólicas”, afirma.
A
hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível caracterizada por
níveis de pressão persistentemente elevados iguais ou maiores do que 140 –
90mmHg medidas em duas ou mais ocasiões diferentes sem o uso de medicações que
reduzam a pressão (anti-hipertensivos).
Ao
contrário do que muitos pacientes pensam, a hipertensão costuma ser
assintomática, ou seja, os pacientes apresentam a condição e não apresentam
sintomas, sendo que os mesmos costumam surgir quando o paciente já apresenta
comprometimento em órgãos alvo (coração, cérebro, rins e vasos). É o principal
fator de risco modificável para doenças cardiovasculares (infarto e derrame),
insuficiência renal crônica e morte prematura e geralmente associada a outras
condições como dislipidemia (colesterol e triglicerídeos elevados),
intolerância à glicose e diabetes mellitus, obesidade abdominal.
Cuidado com o sal
O sal é
um dos grandes vilões e o médico, Anderson Dal Pozo, reforça a importância da
população ter hábitos saudáveis na hora da alimentação.
“O sal
é um vilão sendo o consumo excessivo um dos principais fatores de risco
modificáveis para a hipertensão, sendo que sua ingestão deveria ser restrita a
5g/dia (2g/dia de sódio), porém muitas vezes é difícil este controle uma vez
que o sódio está presente em uma série de alimentos, principalmente embutidos,
enlatados, temperos prontos e alimentos em conserva e muitas vezes as
embalagens não especificam as quantidades presentes”, completa.
Quando
identificada a hipertensão o paciente deve passar por uma avaliação inicial
visando a identificação de comprometimentos em outros órgãos ou a presença de
outras comorbidades com dislipidemia e diabetes. Em concomitância o paciente
deve ser orientado sobre as mudanças de estilo de vida e início de medicações
conforme os níveis de pressão ou a presença de complicações nos órgãos alvo.
“É
importante ter em mente que a hipertensão aumenta de prevalência à medida que
envelhecemos, porém não devemos esquecer que crianças e adolescentes podem
apresentar o problema também, sendo assim preconiza-se a medida da pressão
arterial pelo menos 1 vez ao ano em crianças a partir dos 3 anos de idade ou
com maior regularidade em grupos de risco como obesos, diabéticos, uso de
corticoide entre outros. A aferição deve ser feita com manguito adequado para o
braço e tendo em mente que os valores tidos como normais não são os mesmos dos
adultos e obedecem a critérios que levam em conta a idade, sexo e percentil de
altura”, finaliza o médico.
Marcelo Matusiak
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