O economista, Prof. Dr. Flávio Saraiva, que coordena o curso de Economia da IBS AMERICAS, a maior escola de internacional de negócios do Brasil, acredita que o novo governo, que chega com a posse do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva, deve trazer boas perspectivas para alguns setores produtivos da sociedade brasileira.
Em sua opinião a transição até o início de 2023
pode ter momentos de turbulência que poderão ser amenizados na medida em que o
governo eleito consiga definir seus apoios no Congresso e os nomes de
ministérios estratégicos como Economia, mas existem prognósticos de um “efeito
Lula” sobre a bolsa de valores que incluem boas expectativas em setores que
foram beneficiados nos outros governos de Lula. Esses setores estão
relacionados à provável ampliação de canais de crédito, como o de construção
civil, educação, varejo e bancos.
O professor e economista lembra que “o setor
educacional também foi historicamente beneficiado pelo Fies, que ajudou muito
as empresas, aumentou a demanda pelos cursos universitários. Também se aposta
em um aumento de concessão de crédito habitacional, como política de governo,
principalmente para a população de baixa renda, o que deve favorecer
construtoras desse segmento”, comenta Saraiva. Outro setor da economia
que pode ganhar fôlego, impulsionado pelo aumento de crédito, seria o de
consumo de varejo, beneficiando, por exemplo, grandes empresas nacionais
do ramo como Renner, Magalu e Via Varejo.
Flávio Saraiva não é apenas otimista. Para ele “se
existem pontos que o mercado vê com otimismo, também existem pontos que
despertam preocupações, sobretudo a gestão de empresas estratégicas como
Petrobras e Banco do Brasil e ainda as negociações sobre a PEC de transição,
que pode aumentar ou diminuir as incertezas sobre a situação fiscal. Além
disso, o governo terá forte oposição e cobrança da sociedade brasileira”,
lembra ele.
Com relação ao final de 2022, Saraiva comenta que
devemos ter um crescimento de vendas de natal por volta de 2% e criação de mais
vagas para funcionários temporários do que nos últimos anos.
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