A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, nesta quinta-feira (8/12), os resultados contábeis das operadoras de saúde no terceiro trimestre de 2022. Os planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$5,5 bilhões. O setor vem de uma série negativa histórica de 6 trimestres com resultados negativos, além de um índice de sinistralidade próximo a 90%.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) alerta para o cenário
crítico e preocupante do setor. "Os resultados do terceiro trimestre
reforçam o que as operadoras vêm alertando já há algum tempo: desde a pandemia,
a saúde suplementar tem sido pressionada por uma expressiva alta dos custos
assistenciais”, aponta Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde, entidade
que representa 14 grupos de operadoras responsáveis por 41% dos beneficiários
do mercado.
De acordo com a entidade, entre os fatores conjunturais que impactaram o
resultado está o aumento da procura por procedimentos médicos que ficaram
represados na pandemia, a elevação dos custos de insumos médicos e a cobertura
obrigatória de tratamentos e tecnologias cada vez mais caras e complexas, o que
tende a se agravar com as mudanças legislativas recentes. "Os recursos são
finitos e, cada vez mais, é preciso rigor nas escolhas do que deve ou não ser
oferecido pelo sistema, sob pena de inviabilizar seu funcionamento e o
atendimento a 50 milhões de brasileiros", explica a diretora-executiva da
FenaSaúde.
Fonte:
PAINEL CONTÁBIL DA SAÚDE SUPLEMENTAR
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