Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023/2025 aponta que são previstos 71.740 casos novos por ano de câncer de próstata, o mais comum entre os homens, o que representa aumento de mais de 16 mil novos casos quando comparado com o período de 2020 a 2022. Números reforçam a urgência da conscientização do público masculino sobre os fatores de risco que podem ser evitados e a consulta anual ao urologista para o exame clínico e de PSA, essenciais para o diagnóstico precoce, que aumenta a chance de cura
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou a estimativa de novos
casos de câncer para o triênio 2023/2025. Em relação ao público masculino, o
câncer de próstata é predominante em todas as regiões do país. A estimativa do
IINCA é de 71.740 casos novos a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do
câncer de pele não melanoma. Um aumento de 8,5% em relação a estimativa
anterior, que era de 65.840 casos. No recorte por região, a prevalência do
câncer de próstata apresenta o seguinte cenário: região Sul (57,23/ 100 mil);
Sudeste (77,89/100mil); Norte (28,40/100 mil); Nordeste (73,28/100 mil);
Centro-Oeste (61,60/100 mil). Importante destacar que nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste, o câncer de próstata é o mais prevalente, considerando
os 21 tipos de câncer que fazem parte das novas estimativas do Inca.
As informações atualizadas do Inca reforçam ainda
mais a necessidade de conscientizar o público masculino sobre a importância de
adotar hábitos saudáveis, como, prática regular de atividade física,
alimentação equilibrada, com pouca ou nenhuma ingestão de gorduras, além de não
fumar, que diminuem o risco de desenvolver a doença, recomenda o cirurgião
oncológico Gustavo Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e
Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos
Oncológicos do grupo BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Além de manter hábitos de vida saudáveis, é muito
importante combate a consulta anual ao urologista, atitude essencial para
diagnosticar um eventual câncer ainda em fase inicial quando as chances de cura
são maiores. Para o diagnóstico de câncer de próstata são importantes o exame
de sangue que avalia a proteína produzida pelo tecido prostático (PSA) e o
exame de toque retal, que propicia descobrir a doença em fase mais inicial. A
confirmação diagnóstica se dá por biópsia. A Sociedade Brasileira de Urologia
recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional
especializado, para avaliação individualizada. Homens negros ou com parentes de
primeiro grau com câncer de próstata devem começar com essa consulta médica aos
45 anos.
Doença silenciosa no início
O câncer de próstata tem evolução silenciosa e não
costuma apresentar sintomas ou, quando apresenta, pode ser confundido com
crescimento benigno da próstata, pois é uma doença que tem sintomas
semelhantes. Portanto, vale ficar atento e procurar um médico para avaliação,
caso tenha alguns dos sintomas a seguir com persistência superior a duas
semanas:
- Dor
ou ardência ao urinar
- Dificuldade
para urinar ou para conter a urina
- Fluxo
de urina fraco ou interrompido
- Necessidade
frequente ou urgente de urinar
- Dificuldade
de esvaziar completamente a bexiga
- Sangue
na urina ou no sêmen
- Dor
contínua na região lombar, pelve, quadris ou coxas
- Dificuldade
em ter ereção
O tratamento do câncer de próstata é individual, ou
seja, leva em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio,
estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos
colaterais associados ao tratamento. “Munidos dessas informações, podemos
oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas,
beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explica Guimarães. As
abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por
ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia,
protonterapia e quimioterapia. “Há casos também em que a doença é indolente a
tal ponto de optarmos por não tratar, mantendo uma vigilância ativa.
Instituto de Urologia, Oncologia e
Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR
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