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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Brasil deve registrar 215 mil novos casos de câncer de próstata no próximo triênio, aponta o IN

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2023/2025 aponta que são previstos 71.740 casos novos por ano de câncer de próstata, o mais comum entre os homens, o que representa aumento de mais de 16 mil novos casos quando comparado com o período de 2020 a 2022. Números reforçam a urgência da conscientização do público masculino sobre os fatores de risco que podem ser evitados e a consulta anual ao urologista para o exame clínico e de PSA, essenciais para o diagnóstico precoce, que aumenta a chance de cura


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou a estimativa de novos casos de câncer para o triênio 2023/2025. Em relação ao público masculino, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões do país. A estimativa do IINCA é de 71.740 casos novos a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Um aumento de 8,5% em relação a estimativa anterior, que era de 65.840 casos. No recorte por região, a prevalência do câncer de próstata apresenta o seguinte cenário: região Sul (57,23/ 100 mil); Sudeste (77,89/100mil); Norte (28,40/100 mil); Nordeste (73,28/100 mil); Centro-Oeste (61,60/100 mil). Importante destacar que nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o câncer de próstata é o mais prevalente, considerando os 21 tipos de câncer que fazem parte das novas estimativas do Inca.

As informações atualizadas do Inca reforçam ainda mais a necessidade de conscientizar o público masculino sobre a importância de adotar hábitos saudáveis, como, prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, com pouca ou nenhuma ingestão de gorduras, além de não fumar, que diminuem o risco de desenvolver a doença, recomenda o cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Além de manter hábitos de vida saudáveis, é muito importante combate a consulta anual ao urologista, atitude essencial para diagnosticar um eventual câncer ainda em fase inicial quando as chances de cura são maiores. Para o diagnóstico de câncer de próstata são importantes o exame de sangue que avalia a proteína produzida pelo tecido prostático (PSA) e o exame de toque retal, que propicia descobrir a doença em fase mais inicial. A confirmação diagnóstica se dá por biópsia. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado, para avaliação individualizada. Homens negros ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar com essa consulta médica aos 45 anos.


Doença silenciosa no início

O câncer de próstata tem evolução silenciosa e não costuma apresentar sintomas ou, quando apresenta, pode ser confundido com crescimento benigno da próstata, pois é uma doença que tem sintomas semelhantes. Portanto, vale ficar atento e procurar um médico para avaliação, caso tenha alguns dos sintomas a seguir com persistência superior a duas semanas:

  • Dor ou ardência ao urinar
  • Dificuldade para urinar ou para conter a urina
  • Fluxo de urina fraco ou interrompido
  • Necessidade frequente ou urgente de urinar
  • Dificuldade de esvaziar completamente a bexiga
  • Sangue na urina ou no sêmen
  • Dor contínua na região lombar, pelve, quadris ou coxas
  • Dificuldade em ter ereção

O tratamento do câncer de próstata é individual, ou seja, leva em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente e possíveis efeitos colaterais associados ao tratamento. “Munidos dessas informações, podemos oferecer uma abordagem personalizada, baseada em evidências científicas, beneficiando cada paciente de forma assertiva”, explica Guimarães. As abordagens podem ser cirúrgicas, com destaque para a robótica; assim como por ultrassom de alta frequência, hormonioterapia, radioterapia, crioterapia, protonterapia e quimioterapia. “Há casos também em que a doença é indolente a tal ponto de optarmos por não tratar, mantendo uma vigilância ativa.

 

Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR

 

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