Em fevereiro, as empresas inadimplentes pagaram 43,6% das dívidas; débitos no setor de Utilities receberam a maior parcela dos pagamentos
As empresas brasileiras retomaram o ritmo de pagamento de débitos em fevereiro deste ano. Segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, foram quitadas 43,6% das dívidas em até 60 dias após o mês de negativação, um salto de 9,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, em que foi registrado o pior desempenho desde dezembro de 2019. Ainda de acordo com o indicador, a maior parte dos débitos contraídos foram no segmento de Utilities (59,1%), que engloba contas básicas como água e luz. Veja os dados completos nos gráficos abaixo:
“Após alguns meses de desaceleração, os empreendedores começam a apontar uma melhora no pagamento das dívidas. Mas é importante lembrar que o cenário econômico instável, de crescente inflação e alta da taxa de juros, ainda impacta o poder de compra dos brasileiros. Desta forma, o fluxo de caixa das empresas ainda fica prejudicado e elas encontram dificuldades em sair da inadimplência”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Relacionado ao aniversário das dívidas, os dados mostraram que os empreendedores pagaram melhor os débitos vencidos há mais de um ano: de 2,5% pagos em janeiro de 2022 subiu para 7,2% em fevereiro, mas ainda é 5,6 pontos percentuais abaixo do mesmo mês de 2021. Os compromissos vencidos há apenas 30 dias tiveram uma recuperação de 57,1%, entre aqueles com 30 a 60 dias, o percentual cai para, 39,1%; de 60 a 90 dias, 25,8%; de 90 a 180 dias, 19,4%; entre 180 dias e o primeiro ano, 13% e apenas 7,9% entre um e mais anos.
Clique aqui para acessar mais informações e a série
histórica do indicador.
O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa
Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de
inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos
compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua
comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de
acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta,
com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos
de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de
observação para fazer essa análise.
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