Pesquisar no Blog

sábado, 25 de junho de 2022

Novo medicamento é capaz de impedir o crescimento de meningiomas atípicos

 Ainda em fase experimental, nova droga pode ser uma esperança no tratamento de meningiomas mais agressivos

 

Os meningiomas representam por volta de 20% dos tumores que surgem no cérebro. Na maioria dos casos eles são benignos, porém, existe uma subcategoria mais incomum, chamada meningiomas atípicos, que possuem prognósticos mais agressivos e maior frequência de recorrência. A boa notícia é o desenvolvimento de uma nova droga que conseguiu impedir o crescimento de meningiomas agressivos em testes realizados em camundongos e voluntários.

 

Diagnóstico, sintomas e nova droga

O diagnóstico desta doença é realizado via ressonância magnética e com contraste paramagnético. Já os sintomas dos meningiomas atípicos podem ser: perda de olfato, da visão, alteração do comportamento, dificuldade para falar ou movimentar a língua e alterações de coordenação motora.    

A Dra. Vanessa Milanese, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, diz que os meningiomas atípicos ainda carecem de terapias médicas eficazes adjuvantes à cirurgia, para o seu devido tratamento.

"Este é um dos estudos mais interessantes sobre meningioma publicados nos últimos anos. O uso desta droga, ainda em fase experimental, mostrou bons resultados em camundongos, fazendo com que eles vivessem mais e que os meningiomas não crescessem de forma tão acelerada. O medicamento trata-se de um inibidor de ciclo celular, que faz com que ela seja capaz de bloquear a divisão celular, interrompendo o crescimento deste tipo de tumor", comenta a especialista. 

Para chegar ao resultado, os pesquisadores precisaram analisar os perfis de metilação de DNA e de sequenciamento de RNA de 565 amostras de meningiomas integrados com abordagens genéticas, transcriptômicas, bioquímicas, proteômicas e unicelulares para mostrar que os meningiomas são compostos por três grupos de metilação de DNA com resultados clínicos distintos, fatores biológicos e vulnerabilidades terapêuticas, segundo o artigo.

Vale lembrar que a droga ainda está em fase experimental e necessita de mais estudos para ter a sua eficácia totalmente comprovada.

"A comunidade científica e neurocirúrgica fica no aguardo de mais informações positivas sobre esta nova droga. Esperamos que ela seja uma opção de tratamento em um futuro próximo", finaliza Vanessa.

 

 

SBN - Sociedade Brasileira de Neurocirurgia 

 www.portalsbn.org 

Instagram @sbn.neurocirurgia

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados