Ainda em fase experimental, nova droga pode ser uma esperança no tratamento de meningiomas mais agressivos
Os meningiomas representam por volta de 20% dos
tumores que surgem no cérebro. Na maioria dos casos eles são benignos, porém,
existe uma subcategoria mais incomum, chamada meningiomas atípicos, que possuem
prognósticos mais agressivos e maior frequência de recorrência. A boa
notícia é o desenvolvimento de uma nova droga que conseguiu impedir o
crescimento de meningiomas agressivos em testes realizados em camundongos e
voluntários.
Diagnóstico, sintomas e nova droga
O diagnóstico desta doença é realizado via
ressonância magnética e com contraste paramagnético. Já os sintomas dos
meningiomas atípicos podem ser: perda de olfato, da visão, alteração do
comportamento, dificuldade para falar ou movimentar a língua e alterações de
coordenação motora.
A Dra. Vanessa Milanese, diretora de comunicação da
Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, diz que os meningiomas
atípicos ainda carecem de terapias médicas eficazes adjuvantes à cirurgia,
para o seu devido tratamento.
"Este é um dos estudos mais interessantes
sobre meningioma publicados nos últimos anos. O uso desta droga, ainda em fase
experimental, mostrou bons resultados em camundongos, fazendo com que eles
vivessem mais e que os meningiomas não crescessem de forma tão acelerada. O
medicamento trata-se de um inibidor de ciclo celular, que faz com que ela seja
capaz de bloquear a divisão celular, interrompendo o crescimento deste tipo de
tumor", comenta a especialista.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores
precisaram analisar os perfis de metilação de DNA e de sequenciamento de RNA de
565 amostras de meningiomas integrados com abordagens genéticas,
transcriptômicas, bioquímicas, proteômicas e unicelulares para mostrar que os
meningiomas são compostos por três grupos de metilação de DNA com resultados clínicos
distintos, fatores biológicos e vulnerabilidades terapêuticas, segundo o
artigo.
Vale lembrar que a droga ainda está em fase
experimental e necessita de mais estudos para ter a sua eficácia totalmente
comprovada.
"A comunidade científica e neurocirúrgica fica
no aguardo de mais informações positivas sobre esta nova droga. Esperamos que
ela seja uma opção de tratamento em um futuro próximo", finaliza Vanessa.
SBN - Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
Instagram @sbn.neurocirurgia
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