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Exame é responsável por detectar uma série de doenças e condições congênitas que, identificadas logo no início da vida, impactam no desenvolvimento e no índice de mortalidade infantil
Um ano após a aprovação da Ampliação do Teste do Pezinho, a
aplicação na prática ainda não ocorreu e a demora preocupa a Sociedade
Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM). A medida foi amplamente
saudada pela série de vantagens que pode oferecer aos pacientes no diagnóstico
precoce de uma série de doenças. Porém, o que falta para o teste do Pezinho ser
colocado em prática é o Ministério da Saúde enviar recursos para que os estados
possam se organizar.
"A situação varia de acordo com a realidade de cada estado,
mas enquanto não houver uma definição dos protocolos a serem estabelecidos pelo
Governo Federal não há a evolução desejada", explica a médica geneticista
e diretora científica da SBGM, Ida Vanessa Doederlein Schwartz.
A importância do processo de ampliação é permitir diagnosticar
um número maior de crianças que poderão iniciar mais precocemente o tratamento,
oferecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes.
“O teste é uma das etapas do programa de triagem não sendo a
única. Após a realização da coleta é feita análise e se há confirmação é
indispensável que ocorram o acompanhamento e tratamento. Para cada cada doença
inserida no diagnóstico será preciso um fluxograma que inclua o acompanhamento
e tratamento. Não basta apenas a realização do teste”, alerta a médica.
O Teste do Pezinho é realizado entre o terceiro e o quinto dia
de vida do bebê, com a coleta de pequena amostra de sangue em papel filtro
mediante punção realizada na região do calcanhar da criança, e atualmente, pelo
PNTN, pode identificar seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito,
doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia
adrenal congênita. Pelo projeto, na primeira etapa de implementação, além das
doenças já detectadas atualmente, ampliará para o teste de outras relacionadas
ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina
(hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose
congênita. Em uma segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para
galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da
beta oxidação dos ácidos graxos. Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas;
na etapa 4, as imunodeficiências primárias; e na etapa 5 será testada a atrofia
muscular espinhal.
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