O diagrama
hierarquizado de informações ajuda a estruturar o pensamento e criar um roteiro
para a vida profissionalFoto: Karolina Grabowska/Pexels
Ter um plano de carreira ajuda um profissional a
direcionar seu crescimento, traçar seu caminho a percorrer e visualizar as
metas a serem alcançadas. Dessa forma, por ser um eficaz método para o
planejamento, o mapa mental pode ajudar na percepção e na visualização dessas
estratégias, que devem ser adotadas ao longo da busca por determinado objetivo.
A perspectiva de carreira é o principal fator que
faz os profissionais escolherem o ambiente de trabalho em que desejam
permanecer. De acordo com uma pesquisa
feita no Núcleo de Pesquisa em Carreira da Produtive, 46% dos entrevistados
veem a possibilidade de crescimento como um fator decisivo para permanecer ou
não numa organização.
Outro estudo, realizado globalmente pela
consultoria Gartner, revelou que a possibilidade ou não de se desenvolver é a
questão preponderante para os pedidos de demissão, sendo que 52% afirmaram que
saíram da última empresa por falta de espaços para o desenvolvimento
profissional.
Sendo assim, traçar um plano de carreira, mesmo que
seja por conta própria, pode ajudar o profissional a perceber anseios, enxergar
o próprio perfil, identificar pontos positivos e negativos, traçar e alcançar
metas por meio de planejamento.
O mapa mental, por ser um diagrama hierarquizado de
informações baseadas numa ideia principal, é uma maneira de estruturar o
pensamento e praticar a concentração perante o excesso de informações da rotina
de trabalho ou, até mesmo, diante da necessidade de criar um roteiro que
organize a vida profissional.
Como funciona o mapa mental?
Elaborar
um mapa mental agiliza a tomada de decisões, já que possibilita ao profissional
reconhecer quais são as suas prioridades e encontrar soluções para desafios e
problemas com maior facilidade.
A criação do mapa mental se dá a partir de um
tronco central em que são colocadas raízes e galhos com ideias ou tarefas. O
esquema opera de forma semelhante ao cérebro humano, fazendo a organização dos
dados por associação.
Essa disposição garante flexibilidade para que os
registros sejam agrupados por temas e possam ser transferidos de um campo para
outro do mapa. É possível, ainda, usar recursos como status de tarefas, uso de
diferentes cores, imagens e layouts para uma melhor compreensão do
conteúdo. Sendo assim, trata-se de uma ferramenta voltada para a organização de
ideias e para a visualização geral de temas de um modo simples.
A técnica foi criada pelo psicólogo e escritor
inglês Tony Buzan e apresentada por ele, pela primeira vez, em 1974, durante um
capítulo da série “Use
Your Head”, da rede de televisão BBC. O mapa mental ganhou repercussão
entre estudantes de todo o mundo, sendo utilizado até hoje. Atualmente, além do
modelo tradicional feito em papel, há plataformas e aplicativos que permitem
montar um mapa mental online.
Fazendo mapas mentais para o plano de carreira
Como divulgado pelo criador da ferramenta, a
elaboração do mapa mental atravessa etapas como definir o tema principal,
elencar subtópicos para memorizar as informações de maneira clara, escrever os
assuntos relacionados à cada subtópico, usar cores diferentes para
palavras-chave e sequenciar a ordem dos agrupamentos.
Em relação ao planejamento de carreira, os mapas
podem ser usados para gerenciar a direção, as habilidades e os conhecimentos
que devem ser adquiridos durante o percurso profissional. Além de estipular
prazos para que as atividades sejam realizadas.
Considerar o momento profissional do indivíduo é o
primeiro passo para definir um plano de carreira, podendo este ser o tema
central do mapa, que pode se ramificar, por exemplo, em objetivos, visão, ações
percebidas e mensuração de resultados.
Seja qual for a situação – pessoa ainda sem
profissão definida, trabalhador já atuante, mas que deseja crescer ou
profissional que aspira mudar de área –, organização, planejamento e metas
reais e possíveis devem ser prioridade.
Um aspecto funcional é usar palavras-chave para
destacar agrupamentos de fatores, como tempo disponível para cursos e
qualificações que o perfil demanda e ações que possam dar resultados em curto,
médio e longo prazos, por exemplo.
Outro grupo do mapa pode ser direcionado para
definir quais são as habilidades já adquiridas pelo profissional e quais ele
precisa desenvolver ou aprimorar. Listar motivações, valores e ideais também
pode ser uma forma de se manter leal aos desejos profissionais.
De modo geral, é importante que o profissional
pense cuidadosamente nas suas aspirações, para que possa traçar um planejamento
assertivo. Uma dica é manter o mapa sempre atualizado e flexível para que novas
ideias e rumos possam ser inseridos e adaptados à realidade que se apresenta a
cada momento.
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