Observar comportamento do animal pode ser crucial na identificação e cura de possíveis doenças oculares, explicam especialistas
Todos os animais estão sujeitos a sofrer com doenças oculares ao longo da vida,
e muitos fatores podem contribuir para o aparecimento delas. Por isso, o Junho
Violeta, data inicialmente criada para conscientizar as pessoas sobre o
ceratocone, foi incluído também no calendário dos pets, alertando a respeito
dos perigos oftalmológicos para os animais.
O primeiro passo para identificar uma condição ocular que merece atenção
veterinária é observar o comportamento do animal. O veterinário Rogério
Fonseca, responsável pelo Hospital Veterinário Amparo, alerta para os sinais.
“Ao começar a apresentar um problema ocular, o bichinho passa a agir de forma
diferente. Coçar os olhos com frequência, perder o senso de localização no
espaço, bater a cabeça nos objetos e paredes da casa ou demonstrar apatia, tudo
isso deve ser observado”, explica o especialista.
Porém, de acordo com a especialista Joana Barros, grande parte dos problemas
oftalmológicos podem ser prevenidos com adaptações na alimentação.
“É imprescindível que os animais tenham uma excelente alimentação, de
preferência biologicamente apropriada para a espécie, pois a maior parte das
células do sistema imune se encontra no intestino”, ressalta a veterinária.
Além disso, Joana indica ainda a suplementação com Ômega 3 ou a modulação
intestinal e troca de alimentação para casos específicos. O primeiro atua no
tratamento de Ceratoconjuntivite seca, além de ser anti-inflamatório, e os
demais são indicados para inflamações oculares com fundo alérgico.
“Pode-se também utilizar-se de compressas de chá, como o de camomila ou de
arruda, claro, com acompanhamento veterinário”.
O veterinário Rogério Fonseca também reforça a importância da consulta
preventiva como a melhor opção para prevenir problemas graves, como a perda de
visão.
“A cegueira é um dos últimos estágios de qualquer doença ocular, e ocorre
quando essa já está avançada. Para evitar chegar a isso, o ideal é buscar o
diagnóstico precoce e o tratamento adequado, sempre indicado por um
oftalmologista veterinário de confiança”, finaliza.
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