O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao X (XLH) é uma condição hereditária que afeta crianças e adultos
O dia 23 de junho marca, mundialmente,
o dia da conscientização do raquitismo hipofosfatêmico ligado ao ligado ao
cromossomo X (XLH) - patologia crônica e progressiva causada pela perda de
fosfato, mineral fundamental para a formação dos ossos, dentes, sangue e
músculos. Com o objetivo de promover o conhecimento sobre a doença e reforçar a
importância do diagnóstico precoce, associações de pacientes de todo o Brasil,
promovem a campanha XLH Day com diversas ações que
serão realizadas durante todo o mês.
Voltadas para toda a sociedade, as
iniciativas acontecem, principalmente, no ambiente digital, com publicações na
rede social e site oficiais da ONE XLH VOICE: Instagram e portal. A campanha também contemplou a distribuição de folhetos
informativos e educativos. Em São Paulo, aquém passar pela estação Santa Cruz
(Linha 1- Azul) do Metrô, durante os dias 20 a 26 de junho, encontrará um
painel informativo da campanha. No Ceará, mobiliários urbanos poderão ser
avistados em diversos pontos de Fortaleza.
No dia 23 de junho, o Cristo Redentor foi iluminado
durante uma missa, que aconteceu em homenagem aos pacientes e familiares, na
cidade do Rio de Janeiro.
“Precisamos disseminar informações a
respeito do XLH. Infelizmente, não é incomum a doença ser confundida com outras
enfermidades ósseas, inclusive, algumas relacionadas a má alimentação”, explica
Rafaelli Cardoso Silva, cofundadora da associação de pacientes Mundo XLH.
Entre os principais sinais e sintomas
do raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X estão deficiência do
crescimento, abcessos dentários, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor
óssea articular e nos membros inferiores, fraqueza muscular e pernas arqueadas.
“Os sintomas normalmente tornam-se perceptíveis aos dois anos de idade, período
em que as pernas começam a sustentar o peso do corpo. Mas novos sinais também
podem aparecer conforme a criança cresce. Por isso, é importante reforçar que,
embora achava-se que após o término do crescimento a doença estabilizava,
ficando as sequelas. Entretanto, sabe-se hoje que a doença continua ativa em
adultos com XLH, com manifestações crônicas”, afirma Maria Helena Vaisbich,
nefrologista pediátrica.
O diagnóstico do XLH é realizado por
meio de exames de sangue e urina, que detectam os níveis de fósforo, cálcio e
outros parâmetros. “A identificação precoce da doença é mais que necessária. É
por isso que o XLH Day é uma campanha de conscientização tão importante. O
objetivo é disseminar informações acessíveis, para que se possa obter um melhor
entendimento a respeito desta doença que, infelizmente, ainda é
subdiagnosticada” declara Edson Paixão, vice-presidente e gerente geral da
Ultragenyx Brasil.
Além do tratamento farmacológico, o XLH é uma doença que exige uma abordagem multidisciplinar com médicos especializados -- pediatras, endocrinologistas, ortopedistas, nefrologistas e geneticistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e dentistas. “Esse cuidado é indispensável para garantir mais qualidade de vida para quem tem a condição e familiares”, finaliza Maria Helena.
Para outras informações sobre a doença,
acesse.

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