O
fósforo é um dos principais elementos essenciais para a vida, tanto para o
corpo humano como para as plantas e, portanto, para a agricultura.
Infelizmente, grande parte dos solos brasileiros são carentes neste nutriente.
Além disso, a disponibilidade é muito prejudicada por estar em formas não
assimiláveis para as plantas, forçando os agricultores a recorrer ao uso de
fertilizantes minerais, o fosfato.
Então,
como diferenciar o fósforo do fosfato? O fósforo é um elemento químico, faz
parte da tabela periódica, naturalmente presente no nosso planeta. Muito dele é
encontrado em minas, que na verdade são depósitos fósseis orgânicos de animais
marinhos. Também está presente nos solos, mas muitas vezes não pode ser
aproveitado pelas plantas.
Este
é o motivo pelo qual o fósforo é extraído dos depósitos naturais, para ser
transformado em ácido para originar a forma oxidada, chamada fosfato. Essa
forma é considerada "assimilável" pela planta, porque é solúvel em
água e, portanto, pode ser usada na agricultura como fertilizante mineral.
Infelizmente,
o fósforo é um recurso mineral não renovável e alguns acreditam que dentro de
algumas décadas poderemos enfrentar uma escassez crítica desse elemento. Este é
um dos principais motivos que fazem os preços do fosfato flutuarem tanto é que
às vezes os preços sofrem picos exponenciais. De fato, está cada vez mais
difícil para o setor agrícola obter esse fertilizante natural.
Muito
além do simples mundo da agricultura, o fósforo é um elemento essencial para a
vida. Ele faz parte de processos vitais dos humanos, animais e plantas, como
ingrediente fundamental do DNA. Também é componente essencial do ATP,
componente que armazena energia nas células dos seres vivos. Sem ele, não há
crescimento celular, nem formação de sementes, pólen, esporos, entre outras
estruturas. Em suma, sem fosfato, ainda estaríamos no estado de organismos
unicelulares.
Por
exemplo, para as plantas, o fósforo é essencial para a fotossíntese, um
processo sem o qual a planta não poderia prosperar usando a energia solar. Na
verdade, é esse processo que lhe permite respirar e duplicar sua composição
genética (seu DNA). Se uma planta enfrenta uma deficiência de fósforo, então
ela interrompe todo o crescimento até a morte. Daí a importância da presença de
fósforo no solo e em forma assimilável pelas raízes.
A
pergunta que se faz é: por que o fósforo naturalmente presente no solo não pode
ser explorado por plantações agrícolas? Muito simplesmente, porque se apresenta
principalmente na forma insolúvel, enquanto as plantas requerem uma forma
iônica, portanto solúvel desse elemento. As quantidades da forma solúvel são
muito pequenas no solo, mas suficientes para nutrir eficientemente as plantas.
Para
corrigir a deficiência de fósforo no solo, os agricultores são obrigados a
recorrer ao uso do fertilizante, o fosfato, forma solúvel do fósforo e,
portanto, assimilável pelas plantas. Mesmo assim, com a aplicação de fosfato no
solo, parte deste fósforo será degradado e não poderá ser assimilado pela
planta.
Dados
os preços crescentes dos fertilizantes, a pesquisa descobriu que certos
microrganismos podem solubilizar o fósforo para torná-lo disponível. Mesmo que
os microrganismos não substituem completamente os aportes de fósforo
necessários para o equilíbrio da cultura, esta solução ajuda a otimizar os
recursos já presentes ou fornecidos por meio da adubação fosfatada.
Valter Casarin
Coordenador
Científicos da NPV
NPV -
Nutrientes para a Vida
ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos)
https://www.nutrientesparaavida.org.br/
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