Os responsáveis pela Tecnologia da Informação nas empresas deverão estar preparados para serem altamente demandados
O primeiro movimento da pandemia foi ter lançado
todo mundo para trabalhar em casa. As empresas brasileiras, inclusive, mesmo
com algumas falhas, são bons exemplos de eficiência neste processo. Agora, para
este pós-pandêmia que se avizinha, espera-se que o próximo movimento seja uma
volta gradual e parcial para os padrões anteriores. Em resumo, o ano de 2021
será tão desafiador para os Chief Information Officer (CIOs), quanto este que
passou.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), em maio (pico da pandemia), cerca de 20 milhões de
trabalhadores brasileiros passaram ao modelo remoto com sucesso, observando
aumento nos índices de rendimento, redução de estresse e diminuição dos custos
para as empresas.
Segundo uma pesquisa divulgada em dezembro de 2020
e realizada pela companhia global de serviços imobiliários comerciais, Cushman
& Wakefield, no Brasil, 73,8% das empresas pretendem instituir um regime de
teletrabalho de forma permanente. Ou seja, os grandes players, provavelmente,
suportarão mais tempo em regime de teletrabalho aproveitando-se do seu lastro
tecnológico e pelo punch de investimentos anteriormente
realizados. Com isso, continuarão apostando em soluções disruptivas,
principalmente nas áreas de segurança e gestão, focados bastante em controle de
acesso, gerenciamento anywhere e uma camada de governança “away from
office”, tendo como principal diretriz a maleabilidade do negócio.
No entanto, a possibilidade das pequenas e médias
empresas voltarem ao modelo tradicional, ou um intermediário entre o trabalho
remoto e escritório, é maior. Por não terem realizado com mais afinco a jornada
para uma Transformação Digital mais veloz, deverão apostar neste período ainda
de crise no que já conhecem. Ou seja: em um modelo que já controlam.
Os CIOs precisam estar preparados para superar uma
demanda volátil. Mesmo depois dos programas de vacinação, existe uma boa chance
de enfrentarem picos durante o ano, com flexibilização de trabalho local e o já
conhecido movimento de onda. Estas oscilações serão constantes até encontrarem
em um curto prazo (porém intenso) ponto de equilíbrio.
Mais do que nunca, o CIO precisará ter ter uma
visão diferenciada, sentir a dor da empresa, dos funcionários e dos clientes,
identificando processo e jornada. Seja qual for o tamanho da companhia, é
fundamental entender e realizar um mapeamento de diversos tipos de jornadas e
investir em uma infraestrutura que suporte os importantes novos tempos que
virão.
Thiago Lopes - Country
Manager Brasil da Quest Software
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