Victor Marcondes,
CEO da Nilo Saúde, compartilha estratégias usadas para fazer startup evoluir
O crescimento de uma empresa ou startup passa pelo
cliente. Reter e atrair novos consumidores é um dos principais desafios de um
empreendedor, ainda mais quando o negócio está no começo. Mas existe fórmula
mágica para atrair mais gente interessada pelo seu produto ou serviço?
Provavelmente não. No entanto, estratégias adotadas por algumas empresas podem
servir de exemplo para outras. Por isso, Victor Marcondes, CEO da startup Nilo
Saúde e que possui um MBA em negócios pela Harvard Business School, compartilha
algumas iniciativas que contribuíram para o sucesso da healh tech:
Comece pela família e amigos
Para quem está começando um negócio, Victor
aconselha procurar pessoas que já fazem parte do seu círculo social. “Em toda
startup, os primeiros clientes são os familiares e as pessoas próximas e em
quem a gente confia. Um ponto importante é que elas vão dar bons feedbacks”,
afirma. “Esse é um grupo limitado que a gente consegue atrair dessa maneira,
mas que pode contribuir para a expansão do negócio, através das conexões de
cada um.”
Estabeleça um limite de atendimento
Para o CEO, definir um número máximo de pessoas a
serem atendidas em um primeiro momento ajuda no planejamento das ações. “Ter um
limite de clientes para cada etapa do processo ajuda a estruturar a operação.
Se não houver um controle, é muito provável que o empreendedor não consiga
atender ou deixe a desejar, prejudicando o avanço da empresa.”
Aprenda a cobrar, desde o início
“No começo de um novo negócio, há uma tendência do
empresário não querer cobrar dos usuários, o que é ruim”, pondera Victor.
Segundo ele, cobrar, mesmo que seja pouco, é fundamental para receber feedback
honesto, para medir taxa de desistência e, acima de tudo, verificar o quanto as
pessoas estão realmente dispostas a pagar pelo produto. “Um serviço de graça
pode dar uma visão errada da real demanda por ele”, conclui.
Não invista em mídia paga no começo
Para o especialista, os primeiros usuários têm que
chegar até o serviço de forma orgânica. “Crie um mecanismo de referência, para
que um usuário indique o outro, ou de viralidade para atingir esses primeiros
clientes (que a gente chama de early adopters), sem gastar com marketing”,
aconselha. “Afinal, se você tiver que gastar para adquirir seus primeiros
usuários, que em tese deveriam ser os mais fáceis de conseguir, vai ficar muito
mais caro para adquirir os outros depois.”
Victor Marcondes de Oliveira - engenheiro de
produção pela Escola Politécnica da USP, com mestrado na mesma área pela
Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha. Tem MBA em negócios pela
Harvard Business School, com foco em saúde. Cresceu em uma família de médicos,
o que despertou seu interesse pela possibilidade de contribuir com o segmento
no Brasil. Em seu segundo empreendimento na área, é cofundador e CEO da Nilo,
uma startup de tecnologia em saúde fundada em janeiro de 2020, que iniciou sua
atuação em plena pandemia. A Nilo é uma clínica multidisciplinar digital,
especializada no público acima de 50 anos, que oferece serviços de atenção
primária e secundária para os pacientes.
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