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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Janeiro Branco: a importância da saúde mental da gestante

Conheça os sintomas de depressão pós-parto e saiba como diminuir as chances de desenvolvê-la


O Janeiro Branco é um movimento de conscientização da importância da saúde mental. Para as gestantes, esse é um tema ainda mais relevante. Cerca de 20% das gestantes no mundo têm depressão pós parto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 25% das novas mães são acometidas pela condição, segundo a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fiocruz.

Na definição do Ministério da Saúde, a depressão pós-parto é uma condição que engloba uma variedade de mudanças físicas e emocionais que muitas mulheres têm após o nascimento do bebê. Segundo o obstetra da Maternidade Brasília Renan Mendes, alguns dos sinais de que a saúde mental da gestante está abalada são: tristeza, instabilidade emocional, choro fácil, perda de peso, falta de desejo de realizar as atividades cotidianas.

O médico ainda acrescenta que não existe uma condição hereditária para explicar a depressão pós-parto. Os fatores são, em sumo, hormonais e biológicos. “No momento em que o bebê nasce, é retirada a placenta da paciente, que é a fonte hormonal dela nesse momento. Sem a placenta, a queda brusca na taxa de hormônios vai levar ao aumento do índice de instabilidade e fragilidade emocional da mãe. Essa condição, associada às mudanças de rotina, privação do sono, amamentação - que pode machucar os seios -, perda da autoestima, entre outras dificuldades, são motivos que fomentam o quadro de depressão pós-parto”, explica.

A depressão pós-parto pode ser tratada por meio de encaminhamento do obstetra para o psiquiatra. De acordo com Renan, o psiquiatra vai fazer uma avaliação minuciosa e prescrever medicação, se for o caso, ou até mesmo encaminhá-la para uma terapia específica. O médico ainda alerta: é fundamental que, ao perceber mudanças de comportamento durante a gestação ou após o parto, seja feito um acompanhamento médico para que o cuidado adequado seja disponibilizado à paciente.

 

Dicas para cuidar da saúde mental durante a gravidez

Renan Mendes explica que a mãe pode, desde o período gestacional, ter uma atividade física adequada e regular. Ter um bom ambiente familiar, fazer cursos de pré-parto e adotar cuidados neonatais também ajudam no puerpério, que é o período logo após o nascimento do bebê. “Ela pode se preparar, estudar, organizar um ambiente familiar mais aconchegante, tudo isso pode favorecer e ajudar a gestante. Pode contar também com um acompanhamento psicológico, além do médico obstetra durante o pré-natal e até mesmo usar medicações para tratamento, caso tenha indicação médica” aconselha o obstetra.

Confira algumas dicas diárias preventivas:


Coma bem

Escolha uma dieta balanceada com frutas e verduras e beba bastante água, isso melhora o humor. Alguns alimentos previnem a depressão, como ovo, peixe, amendoim, leite, carne de frango, ervilha, amêndoa, abacate, couve-flor, batata e banana.


Tenha um tempo só seu

É natural ter uma série de preocupações na fase da gestação, o que gera ansiedade, seja no trabalho, seja em casa. Para equilibrar isso, escolha ter um tempo para fazer o que gosta em algum momento, durma bem e relaxe!


Pratique atividades físicas

Sob orientação médica, mantenha a prática regular de atividades físicas preparadas especialmente para a gestação. Isso faz com que a futura mamãe evite o ganho excessivo de peso e reduz a ansiedade e o estresse.


Converse

Não renuncie à sua rede de apoio – familiares, amigos, especialistas – e converse sobre os seus anseios, tire dúvidas, fale sobre os seus medos e expectativas, faça curso de gestantes. O acompanhamento pré-natal é fundamental para a saúde da mamãe e do bebê.

 


Maternidade Brasília


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