Disparidade está
também no âmbito social: apenas 19% acham que polícia no Brasil tratará a todos
da mesma forma
Segundo a opinião de seus residentes, o Brasil
ainda está longe de atingir uma distribuição de renda igualitária. A pesquisa Global
Advisor 2021 Predictions, conduzida pela Ipsos com pessoas de 31
nações, mostrou que, entre os respondentes brasileiros, 68% acreditam que a
desigualdade de renda no país deve aumentar no ano de 2021; 22% não corroboram
a tese e 10% não souberam opinar.
Os entrevistados da Turquia (85%), Israel (84%) e
Itália (80%) são os que mais acham que a desigualdade de renda em seus países
aumentará. Em contrapartida, os norte-americanos (48%), neozelandeses (50%) e
australianos (51%) possuem uma visão mais otimista em relação ao assunto. A
média global, considerando todos os países analisados, é de 66%.
Ainda na discussão econômica, 43% dos brasileiros
acreditam que os grandes mercados de ações ao redor do mundo podem quebrar em
2021. Os que mais apostam neste colapso são os respondentes da Malásia (73%),
Polônia (68%) e Rússia (59%). Já China (22%), Hungria (26%), Coreia do Sul e
Peru (empatados com 27%) pouco concordam com a premissa.
Previsões no âmbito social mantém pessimismo
Se, de acordo com os ouvidos, a igualdade na
economia é uma meta difícil de se atingir futuramente no Brasil, o mesmo pode
ser dito no âmbito social. As expectativas para a diminuição da disparidade de
gênero em 2021, por exemplo, são baixas. No Brasil, apenas 33% acham que, no
ano que vem, trabalhadores homens e mulheres atuando em uma mesma função
receberão salários iguais; 57% discordam e 10% não souberam responder.
Além disso, menos de 1 em cada 5 brasileiros (19%)
acredita que a polícia do país tratará a todos igualmente, independentemente de
suas diferenças. Levando em conta os 31 países, a média é de 33%. A tolerância
também deve estar em falta em 2021: somente 25% dos entrevistados no Brasil
acham que as pessoas serão mais tolerantes umas com as outras. No mundo, são
29%.
A pesquisa foi realizada com 15.700 entrevistas
on-line, com adultos entre 16 e 74 anos de 31 países. Os dados foram colhidos
entre os dias 23 de outubro e 06 de novembro de 2020. A margem de erro para o
Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Ipsos
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