Cresce o índice de jovens que têm zumbido no Brasil
Uma
das causas do aumento de casos é o uso frequente de fones de ouvido
Novembro é o mês de conscientizar as
pessoas para um perigo que muitos ainda desconhecem: o zumbido nas orelhas, um
sintoma de que algo não vai bem e que pode estar relacionado à perda auditiva.
Com o dia a dia cada vez mais barulhento, as dificuldades de audição não
atingem mais apenas os idosos. A perda auditiva está se tornando também um
problema de gente jovem. A comprovação está no aumento do índice de zumbido
entre os adolescentes, como mostrou a pesquisa "Prevalência e causas de
zumbido em adolescentes de classe média/alta", realizada pela Associação
de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido, da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (USP).
Neste mês da Campanha Nacional de
Alerta ao Zumbido, a constatação de que o índice de jovens com zumbido vem
crescendo acende o alerta, em razão do uso cada vez mais frequente dos fones de
ouvido, principalmente durante esta pandemia; um hábito que foi incorporado ao
nosso dia a dia, seja para acompanhar as aulas online, participar de lives ou
realizar trabalho remoto. Muitos ainda escutam música em alto volume, o que
piora o quadro. Há uma relação direta entre o excesso do uso de fones e zumbido
porque, com os fones, o som penetra diretamente no canal auditivo. Os males à
audição podem variar, dependendo o tempo de uso e do volume do áudio. Por isso,
a prevenção é essencial.
De acordo com a fonoaudióloga Marcella
Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas, a perda
auditiva pode ter efeito cumulativo e pode se agravar ao longo do tempo.
"Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da
predisposição genética, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais
severos, de forma contínua e elevada ao longo da vida", afirma.
Durante o estudo da USP, foram
realizados testes auditivos em 170 adolescentes, de 11 a 17 anos. Cerca de 95%
relataram ouvir música com fones. Desses, 77% assumiram que colocam o volume
alto. Ao serem questionados se já tinham tido zumbido nos últimos 12 meses,
54,7% disseram que sim e destes, 51% relataram que sentiram zumbido logo após
usar fones por muito tempo ou ao saírem de um ambiente muito barulhento.
A pesquisa também revelou que 28,8%
desses adolescentes sentiram zumbido em níveis comparados aos de adultos. E o
mais alarmante é que esses jovens disseram não se incomodar com o ruído e, por
conta disso, não falaram sobre o zumbido com seus pais nem procuraram ajuda
médica.
"Quanto mais cedo for detectada a
perda auditiva, melhor. Recomendo a todos que usam fones com frequência que
façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que revela se já existem
danos à audição e como proceder, a partir daí, para evitar o agravamento da
deficiência. Além disso, o repouso/descanso auditivo é fundamental, após a
exposição ao som", aconselha Vidal.
A exposição ao som intenso e frequente,
acima de 85 decibéis, pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar
do tempo. Se as pessoas continuarem se expondo a níveis elevados de ruído desde
o início da vida podem começar a perder a audição muito cedo, a partir dos 30
ou 40 anos. Intensidades de 80 a 90 decibéis já aumentam o risco de uma lesão
na cóclea, que é o órgão dentro da orelha responsável pela audição.
Tecnologia ajuda a reduzir riscos
Fones mais confortáveis, os headphones
promovem maior isolamento dos sons externos por meio de almofadas extras
confortáveis. É necessário investir nessa tecnologia. Assim, é possível escutar
música em volume mais baixo, o que reduz os riscos de danos à audição.
A tecnologia também pode ajudar quem já
sente um incômodo barulho nas orelhas. Tanto o zumbido quanto a perda auditiva,
leve à severa, podem ser amenizados com o uso de modernos e discretos aparelhos
auditivos. Eles estão ajudando a derrubar preconceitos e preservando a vaidade
tão acentuada entre os jovens.
Para tratar pacientes com zumbido, a
Telex Soluções Auditivas tem disponível no mercado os aparelhos da família
Oticon Opn S™, com o discreto modelo miniRITE. A prótese auditiva emprega a
tecnologia Tinnitus SoundSupport™, com um grande número de opções de controle e
de sons de alívio - como os sons do oceano - para que cada um possa
personalizar os sons que lhe traz alívio e tenha menor percepção do som do
zumbido, ao longo do tratamento.
Segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), 20% da população mundial têm zumbido ou algum grau de perda
auditiva.
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