Medidas simples
ajudam a preservar dados pessoais
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) acaba de
entrar em vigor e, embora esteja ligada às empresas que possuem as informações,
vai afetar diretamente a vida dos cidadãos. Hoje em dia, qualquer organização
pode solicitar diversas informações aos clientes, ainda que essas
informações/dados não tenham relação com os serviços oferecidos por ela. Muitos
desses dados pessoais eram fornecidos sob a promessa de confidencialidade,
entretanto, acabam sendo comercializados sem o devido consentimento dos
clientes, causando ainda uma série de transtornos, como envio de spams em
e-mails, telemarketing etc. A lei surgiu com a necessidade de justamente evitar
estes problemas.
A principal dúvida dos consumidores é se, de fato,
a lei vai proteger seus dados de forma segura, sem vazamentos. Segundo Luciana
Sterzo, superintendente jurídica da Tecnobank, o que se espera para os cidadãos
é que o tratamento desses dados finalmente seja feito com medidas de segurança.
“São medidas técnicas e administrativas, aptas a proteger os dados pessoais de
acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição,
perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou
ilícito”, explica.
De modo geral, a ideia é tornar a vida das pessoas
mais privada e com menos invasores indesejados. "De qualquer forma, é
importante também que os brasileiros comecem a rever seus modos de exposição,
pois muita gente costuma deixar livres seus dados por conta própria em suas
redes sociais, como telefone, e-mail e até endereço, o que dificulta ainda mais
a preservação dessa privacidade tão buscada por todos", ressalta Luciana.
Sendo assim, a grosso modo, o consumidor passa a
ter mais proteção. Mas, como isso vai acontecer? Indiferente de ter uma lei em
vigor ou não, é importante seguir algumas dicas para evitar o acesso indesejado
aos dados pessoais.
- Cuidado
com as informações passadas em redes sociais e aplicativos de
relacionamento: é costume expor informações demais nas redes sociais e
isso pode, sim, prejudicar. Cuidado com os conteúdos postados (check-in em
endereço residencial, telefones e endereços em seu perfil, datas de
nascimento, documentos em geral, saber quais locais públicos você costuma
frequentar e fotos de crianças com uniformes escolares), pois eles podem,
muitas vezes, ser grandes pistas para intrusos.
- A
segunda dica pode até ser um complemento de segurança para a primeira:
busque, ao máximo possível, gerenciar as configurações de privacidade das
redes e buscadores usados. Filtre o acesso e a utilização dos dados pelas
empresas, pois isso dificulta a descoberta dos invasores.
- Cuidado
com os aplicativos de celular e também com acessos à internet por
computador. Não aceite as políticas de privacidade sem ler totalmente e
entender se aquilo pode acabar invadindo seus dados para uso em outros
fins.
- Atente-se
às sugestões de cadastros em restaurantes, lojas diversas, mercados e até
mesmo via telefone. Evite preencher muitos cadastros, pois quanto mais
informações fornecer, você mesmo pode ajudar a fazer com que seus dados
sejam usados para outros meios.
- Não
use wi-fi público para acessar aplicativos de bancos, pois há um grande
risco de que seus dados sejam vistos por algum monitoramento. Caso seja
inevitável usar a rede compartilhada, procure instalar um app de VPN
(software virtual privado que praticamente impossibilita o acesso a seus
dados na internet) no celular ou computador.
Tecnobank
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