Serviço chega oficialmente em 16 de novembro e permitirá transações financeiras em seis segundos; e estará disponível 24h por dia, sete dias por semana
Começam nesta terça-feira (03/11) as primeiras
transações do Pix, o novo meio de pagamento que operará de forma instantânea.
Na prática, esta nova tecnologia permitirá pagamentos em até dez segundos, em
um serviço disponível 24h por dia, sete dias por semana. Para o período de
testes, o Banco Central selecionou alguns clientes das 762 instituições já
aprovadas para trabalhar com o Pix. E a partir do dia 16 de novembro, a
inovação estará disponível para todos os interessados.
“Os outros meios de pagamento continuarão a
existir, como DOC, TED, boletos e cheques, mas há um entendimento de que o Pix
poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a
popularização do seu uso”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em
regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados.
“Por ser mais rápido, o Pix poderá diminuir os prazos de entrega de compras
feitas pela internet. Enquanto o boleto bancário demora um dia ou dois para
registrar o pagamento, o Pix fará isso em segundos. Isso é positivo também para
varejo, que terá em mãos um sistema financeiro mais rápido, prático e seguro, o
que deverá impactar positivamente na gestão dos negócios na própria prestação
de serviços”.
A nova modalidade de pagamento poderá ser usada
para qualquer tipo de transação, como transferências de dinheiro entre pessoas
ou empresas, pagar contas de água e luz e até a quitação de taxas públicas,
como a de passaportes ou impostos. “O Pix poderá ser utilizado em todos os
dispositivos eletrônicos das instituições financeiras ou de pagamento, como
aplicativos para smartphones e caixas eletrônicos. Isto traz para instituições
de pequeno porte, fintechs e demais startups a possibilidade de disputar espaço
no mercado”, complementa o especialista.
Para a empresa de tecnologia LiveOn, que oferece toda a base
digital para a prestação de serviços financeiros, já é perceptível o aumento de
empresas que desejam ofertar o Pix aos consumidores. “Hoje, atuamos com 28
clientes, sendo 25 bancos. Nossa equipe também cresceu para atender a alta
demanda: passamos de 8 para 40 pessoas no time. É um crescimento em cadeia. Com
a proximidade do lançamento do Pix e de demais tecnologias, houve um aumento de
consumo. Em um comparativo de junho a agosto, as transações financeiras
realizadas em nossas plataformas passaram de R$ 150 mil para R$ 40 milhões”,
detalha Lucas Montanini, CEO da companhia.
Criada em 2015, a empresa surgiu para desenvolver
soluções web e mobile, com foco em startups. Nos últimos dois anos, ao
acompanhar as renovações tecnológicas e os debates sobre a estrutura financeira
nacional, a LiveOn passou a direcionar seu conhecimento digital para o
desenvolvimento de plataformas financeiras e soluções de pagamentos. Entre seus
cases de sucesso está a Conta Black, uma conta 100% digital direcionada para
pessoas que não têm acesso a serviços financeiros nas instituições bancárias
tradicionais.
“Quando se pensa em banco, um dos primeiros
pensamentos é voltado à burocracia. As filas, os processos longos. Existe um
debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama
tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo
bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo”, pondera Lucas.
O especialista em regulação José Luiz Rodrigues
complementa: “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou
empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro
Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e
sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas
demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão, incorporação,
parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou
reorganização”.
JL
Rodrigues & Consultores Associados
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