Advogado e especialista em telecomunicações, Dane Avanzi, alerta para novos riscos
Pagar contas, fazer compras no supermercado ou
presentear um amigo com um item especial. A pandemia do novo coronavírus
transformou os hábitos dos brasileiros, que aproveitaram as oportunidades do
ambiente digital para realizar as tarefas do dia a dia.
Se, por um lado, não sair de casa garante segurança
para a população, reduzindo os riscos de contaminação, por outro, transações
online podem ser uma verdadeira ameaça aos usuários. De acordo com um
levantamento da ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude em
diversos segmentos, somente no primeiro semestre deste ano, houve um aumento de
63,5% nas tentativas de golpes, em comparação ao mesmo período em 2019.
Desde o início da pandemia, o advogado e
especialista em telecomunicações Dane Avanzi já alertava para a tendência de
aumento de golpes virtuais. “Os cybercriminosos sabem que mais pessoas estão em
casa, utilizando a internet a maior parte do dia para trabalhar, estudar ou
mesmo para lazer. Por isso, utilizam suas diversas táticas para parecerem cada
vez mais convincentes e atrair as vítimas”, afirma.
E-commerce – A maturidade dos usuários
brasileiros em relação às compras online é cada vez mais perceptível. No último
Dia dos Pais, o faturamento do e-commerce nacional foi de R$ 3,5 bilhões, um
aumento de 41% em comparação à 2019, segundo dados da Ebit Nielsen.
O crescimento aponta para a urgência de os lojistas
garantirem ambientes mais seguros para os usuários, afirma Avanzi. Segundo o
advogado, o requisito mínimo para que um site seja considerado seguro é a
implementação do protocolo HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure, ou
Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro) sobre uma camada adicional de
segurança que utiliza o protocolo SSL/TLS. “Essa camada adicional permite
que os dados sejam transmitidos por meio de uma
conexão criptografada e que se verifique a autenticidade
do servidor e do cliente por meio de certificados digitais”,
explica.
O protocolo HTTPS é utilizado, em regra, para
evitar que uma informação transmitida entre o cliente e o servidor
seja visualizada por terceiros, como no caso de compras online. Uma dica
para não cair em golpes, ainda segundo Avanzi, é procurar a existência de um
cadeado na barra de endereços, que pode ficar do lado esquerdo ou direito,
dependendo do navegador. “Esse símbolo demonstra a certificação de página
segura (SSL/TLS) e indica o uso do protocolo HTTPS, ou seja, que a comunicação
entre o browser e o servidor se dará de forma segura. Para verificar a identidade
do servidor, basta clicar duas vezes no cadeado e conferir o certificado.”
Dicas – Por fim, o especialista recomenda que as
lojas orientem seus clientes sobre segurança online por meio de cartilhas de
boas práticas. Ele diz que medidas como essa são ainda mais importantes para as
gerações que não são nativas digitais e, portanto, têm mais dificuldade para
identificar páginas maliciosas.
Uma das práticas mais comuns utilizadas pelos
hackers é o Phishing. O primeiro contato geralmente chega por e-mail ou SMS,
que redireciona o usuário para um site mal intencionado. A identidade visual é
muito parecida com o que a pessoa encontraria no site oficial – pode se tratar
de um banco, um e-commerce, sites governamentais, entre outros. A partir daí, o
internauta é orientado a fornecer seus dados pessoais com algum objetivo, como
recuperar uma senha. É neste momento que os cybercriminosos roubam essas
informações e podem se passar por esse usuário para enganar outras pessoas ou
ainda cometer crimes.
Confira as demais dicas para se proteger de golpes
virtuais:
- Não
abra links desconhecidos;
- Nunca
forneça suas informações pessoais em sites e aplicativos pouco familiares;
- Desconfie
de e-mails de desconhecidos e com assuntos apelativos
- Cuide
muito bem das suas senhas;
- Mantenha
atualizados seu sistema, antivírus e firewall;
- Procure
sempre os canais oficiais das instituições para tratar de qualquer assunto
ligado a questões financeiras;
- Quando
for fazer compras online, inicie sempre a operação na página inicial da
instituição;
Dê preferência aos e-commerce mais consagrados e tradicionais, como
Americanas.com e Amazon. Esses, geralmente, dispõem de bons preços, boa
logística e estrutura de segurança sólida.
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