A principal lição a ser aprendida durante esse período pandêmico é o quanto a sociedade é frágil e está sujeita a instabilidade de fatores externos, alheios a nossas vontades.
O indivíduo na sua constante luta pela sobrevivência cria
muralhas para defender sua saúde, bem estar e privilégios.
Não obstante, esse indivíduo na sua batalha contra o
invisível se volta para si, se esquecendo do seu semelhante.
Essa atmosfera de egoísmo não é proposital, mas apenas um
dos resultados de uma das consequências naturais causadas pela epidemia e que
agora é financiada pelo instinto de manutenção da vida iniciada pelo medo de
contágio e necessidade de um isolamento social.
A pandemia global afeta a todos independente de sexo,
etnia, religião ou posição social, mostrando que estamos expostos ao mesmo
perigo.
O mundo nunca mais será o mesmo, independente dos avanços
tecnológicos e o início da descoberta de uma vacina que possa eliminar a ação
do vírus.
Gradualmente o mundo voltará a ser o que era como
conhecemos e julgamos de acordo com o nosso conhecimento como normal.
É
mais que certo que dificuldades virão
em consequência desse período de reclusão em escalas ainda inimagináveis e de
uma forma atroz, principalmente no âmbito da economia.
Grandes transformações na esfera das relações sociais já
foram feitas sem o nosso consentimento. A nossa casa deixou de ser apenas um
lar e passa a ser escola de nossos filhos, aonde os pais são os educadores, o
escritório improvisado da nossa fonte de sustento mensal e alguns casos, até mesmo uma academia e centro
esportivo.
A humanidade ao longo da história já vivenciou diversas
tragédias e superou de uma forma ou de outra. Mas a dúvida perturbadora que resta é: Passado tudo isso,
amanhã será um dia melhor?
Em um breve relato feito pelo filósofo e escritor
israelense Gad Adler, essas dúvidas só serão sanadas com o tempo, a resposta do
futuro se encontra no presente e por isso cabe a nós somente viver esse
momento.
Antes de tudo, devemos olhar para dentro de nós e avaliar
a nossa parcela de participação no enfrentamento e melhoria dessa situação.
É primordial iniciar o questionamento sobre o nosso
processo de individualismo e se ele não está disfarçado de egoísmo, pois isso
interfere no coletivo. Devemos estimular a criação pontes ao invés de aumentar
o precipício em que estamos vivendo os dias atuais.
Ter em mente que na contra mão do
que muitos acreditam, atitudes
solidárias não estão relacionadas apenas ao quanto você pode doar de recursos
materiais ou em formato de dinheiro.
Nessa
nova era que se aproxima, mudanças de valores são necessárias e importante,haja
vista que mesmo quem tem um grande poder aquisitivo, não poderá usufruir mais
dos seus benefícios em sua plenitude como era antes.
Ser condescendente e solidário é um dos alicerces éticos,
moral dos seres humanos, é sobretudo, ter a consciência do senso de
responsabilidade e cuidado com o outro que se encontra em uma situação menos
favorável.
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