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Idade fértil, DSTs,
endometriose e baixa qualidade de espermatozoide são algumas causas da doença
Junho é o mês Mundial de
Conscientização da Infertilidade. Segundo informações da OMS (Organização
Mundial de Saúde) 15% da população sofre com a dificuldade de engravidar. Os
números chegam a 80 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 8 milhões de
casos apenas no Brasil.
Dados do IBGE comprovam
que as mulheres estão optando por adiar os planos de maternidade devido a
outras prioridades, que incluem investimento em carreira profissional e a
dificuldade de encontrar o parceiro que considere ideal. Com o passar dos anos,
a diminuição progressiva da fertilidade acaba sendo natural. “A fase mais
fértil da mulher acontece na faixa dos 25 aos 30 anos. Após esse período, é
normal a diminuição da produção e da qualidade dos óvulos”, afirma Fernando
Prado, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, responsável
médico da Clínica Neo Vita.
Para um casal ser
considerado infértil é preciso estar tentando engravidar, sem o uso de nenhum
método contraceptivo, pelo período de 12 meses. Se a gestação não acontecer
naturalmente, é hora de procurar ajuda de um especialista.
Doenças sexualmente
transmissíveis, menopausa precoce, além de efeitos colaterais de tratamentos
oncológicos estão entre os fatores que podem colaborar para o desenvolvimento
da infertilidade. “A doença tubária, por exemplo, decorrente de DSTs é
responsável por praticamente 25% dos casos de infertilidade conjugal”,
complementa o especialista.
A endometriose também
representa 10% dos casos da infertilidade feminina. “A doença é diagnosticada
pelo crescimento anormal do revestimento interno do útero. Geralmente começa
com lesões superficiais, facilmente tratáveis, mas pode evoluir para quadros
graves que atingem os ovários e intestino”, explica. Segundo o último estudo da
Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, cerca de 60% das
mulheres afetadas pela endometriose conseguirão engravidar.
Mesmo com todo esse
cenário, nem sempre a dificuldade de engravidar ocorre por causa da mulher. “Em
números pode-se dizer que 40% dos casos de infertilidade é responsabilidade da
mulher e 40% do homem. Os outros 20% não possuem causas definidas”, enfatiza
Prado.
Nos homens a causa mais
comum de infertilidade está relacionada a baixa contagem e qualidade de
espermatozóide. Há históricos também em que a varicocele, doença que interfere
na drenagem do sangue dos testículos, interfere na fertilidade masculina.
Muitos casos de infertilidade estão sendo solucionados com o avanço dos
tratamentos de reprodução assistida como a fertilização in vitro. “Mesmo assim
a idade da mulher continua sendo fundamental para o bom prognóstico e sucesso
na gestação”, finaliza.
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