Pode parecer início de uma piada, mas
garanto que não é. Certa vez, um marido, um pai, empresário, freelancer e um
funcionário se encontraram para falar sobre suas vidas e como lidavam com as
coisas do cotidiano. Tal conversa rendeu ótimas conclusões para os cinco.
O marido, falou o quanto se dedicava a
sua esposa, em relação ao envolvimento com as tarefas de casa e sobre os
problemas diários que tinha que administrar. Esse cara era desligado, não
conseguia lembrar de um compromisso sequer e tudo tinha que marcar na agenda do
celular, ou seja, muitas tarefas precisavam ser lembradas. E, por conta de sua
dispersão, era comum que houvessem discussões a respeito do assunto. Por outro
lado, vivia pensando em como podia agradar a esposa, dedicar-se a família e ao
trabalho, destacando-se como um profissional exemplar.
Na vez de o pai contar suas
experiências, explicou que se via como a pessoa mais brincalhona que podia
existir. Como figura paterna de duas meninas, quando nasceu sua primeira filha,
ainda inexperiente, não sabia brincar de boneca, mas logo achou a solução, pois
a pequena adorava se divertir com uma bola, logo que ele chegava do trabalho.
Com o passar do tempo, a criança virou fã de futebol, o que a levou a
campeonatos, e a presença do pai era constante, o que fazia com ele deixasse compromissos,
mesmo que o isso o incomodasse, pois queria acompanhar essa fase.
Depois nasceu sua segunda filha, que
viria ao mundo com uma personalidade única. O quanto ela tinha de amável e
carinhosa ao extremo, ela tinha de desobediente e enfrentava seus pais. Com
isso, era mais um desafio a ser cumprido.
O empresário estava se tornando bem
sucedido e via seu negócio prosperar, já que a empresa tinha sete anos de
existência, estava engajado nas redes sociais e no último ano que ele se
dedicou fortemente, os frutos vieram. Mas, vez ou outra, a sobrecarga batia a
porta, avisando que ela existia. O homem sentia o peso de ser o chefe, pai e
esposo, que queria se dedicar mais, porém o dia só tinha 24 horas.
Vivia em reuniões e em ‘conference
calls’, nunca esquecia um compromisso e tinha um brilho contagiante
nos olhos quando falava de suas conquistas e vitórias dentro do trabalho. Todo
cliente novo era comemorado e com isso passava horas contando o mesmo assunto
para a esposa de como havia conseguido fechar tal contrato.
O freelancer amava trabalhar em
home-office, de bermuda, chinelo e regata. Quando adolescente era jogador de
basquete. Não usava relógio e quase nunca penteava os cabelos. Trabalhava
sozinho e, certa vez, ocorreu um acidente enquanto praticava esporte, que fez
com que ele quebrasse um dos dedos da mão e procurasse auxílio de um
colaborador.
Ele adorava trabalhar em casa, pois
ficava mais perto de sua esposa e filhas, porém deveria ter um comprometimento
enorme para não relaxar mais do que deveria. Tinha ideias de fazer seu negócio
prosperar, mas tinha alguns medos de dar o próximo passo, seriam muitas
responsabilidades.
Já o funcionário tinha que cumprir
muitas regras no escritório, dedicava-se às suas funções e vivia sobrecarregado
de novas. Sua carreira poderia ser considerada de sucesso, afinal tinha duas
faculdades, trabalhava no ramo das duas e era bastante comprometido, sabia
lidar com pressão.
Contudo, o salário era o mesmo por
cinco anos e isso engajava sua mente para ideias empreendedoras, porém não
tinha coragem de tomar uma atitude, a final de contas, tinha uma família para
sustentar, financiamento imobiliário se pagar e ainda duas mensalidades
escolares. Sua válvula de escape era a família.
O Multi-homem, popularizado pelo desenho
The Impossibles, em 1966, ilustra de forma eficiente o conceito de criar
múltiplas cópias de si mesmo, como esses cinco homens descritos, especialmente
nos dias atuais, nas grandes metrópoles, em que temos várias tarefas e
multiplicamos nossa presença, além da transformação da rotina e adaptação às
tarefas que englobam o cotidiano de qualquer pessoa. Mas, vale ressaltar que o
gênero pode muito bem ser substituído, pois as mulheres hipermodernas exercem
funções semelhantes na sociedade e cada vez mais passam também por
transformações.
A lição que vejo em tudo isso é como já
dizia o personagem Rocky Balboa: “Ninguém baterá tão forte quanto a vida,
porém, não se trata de quão forte pode bater, trata-se de quão forte pode ser
atingido e continuar seguindo em frente. É assim que a vitória é conquistada.”
Nós podemos ser o que queremos com fé e determinação. Lá na frente eu espero
ouvir de alguém que consegui por sorte e, se isso acontecer, é porque de fato
tive a sorte que eu batalhei para construir, nunca sozinho, mas com minha
esposa e duas filhas.
Vinícius Taddone - fundou a VTaddone
Studio em 2011 com intuito de ajudar pequenas, medias empresas e novos
empreendedores que necessitam de Marketing diferenciado para crescimento de
receita. Taddone atua no segmento publicitário e de marketing desde 2002, e por
último, ocupou o cargo de Coordenador de Marketing por 6 anos em uma
representante de cruzeiros marítimos Internacionais, esta que hoje se tornou
sua cliente. Ele é bacharel em Planejamento de Marketing, Turismo e possui MBA
em Marketing todas conquistadas pela Universidade Anhembi Morumbi. Possui as
certificações em Marketing Digital na Prática (Endeaver), Java Script e Lógica
de Programação pela Impacta Tecnologia, Marketing na Walt Disney World Resort
em Orlando, além de se tornar Empreteco em 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário