Como o mercado
deve se adaptar ao novo momento e quais são as expectativas para o segundo
semestre
A pandemia não fez apenas com que todos adotassem
novos hábitos que ajudam na prevenção ao covid-19, mas também criou um panorama
novo no mercado de trabalho mundial, acelerando a transformação em diversos
setores.
Um deles é o próprio RH, que adotou entrevistas por
videoconferência, otimizou etapas do processo seletivo e avaliações, antes
presenciais, e que agora foram adaptadas ao ambiente virtual.
“Observamos que a adaptação de todos esses
processos não gerou prejuízos para empresa e nem para o candidato. Conseguimos
manter o mesmo nível na contratação, 100% adaptados aos processos online e, em
alguns casos, ganhando maior agilidade”, afirma Francine Silva, superintendente
de recrutamento e seleção da Luandre.
Ela observa que também há uma ligeira mudança no
perfil do profissional a ser contratado. “Características como autogestão, se
tornaram requisitos fundamentais. Claro que sempre foi um perfil importante,
mas em um ambiente em que boa parte dos profissionais trabalhará de casa, em
sistema home office, não há como contratar alguém com dificuldade de autogerir
o próprio trabalho”, conta Francine.
O mesmo ocorre com a empatia, sem a qual, numa
situação como a que vivemos, que envolve incertezas, instabilidade e questões
emocionais importantes, não seria possível conviver e lidar com as situações,
pontua a especialista em RH.
Trabalho remoto
Todas as empresas que puderam aderir ao home office
o fizeram neste período de quarentena. A pergunta que muitos se fazem é como
será em um futuro próximo. Para Francine, algumas empresas vão optar por adotar
integralmente o sistema, caso a experiência esteja sendo boa, uma vez que os
custos de manter profissionais em escritórios são bastante altos em capitais
brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. “Algumas companhias também podem
adotar um rodízio entre equipes para evitar aglomerações”.
Para a melhor decisão, a Luandre vem aconselhando
clientes a observar o quanto estas mudanças têm afetado a produtividade e,
principalmente, a qualidade de vida dos profissionais durante a crise para
tomar a decisão mais acertada nesta volta gradual.
Mudanças nos escritórios
As companhias que pretendem aos poucos voltar ao
trabalho in loco já comunicam que devem fazer mudanças, como estudar quais
setores são fundamentais de serem mantidos no escritório. “Nas conversas com
clientes, entendemos que alguns preferem que certos setores estejam
concentrados em um só lugar, como o RH e o financeiro, por isso as formas de
garantir a segurança destes profissionais vêm sendo estudadas”, conta Francine.
Já existem iniciativas sendo tomadas em alguns escritórios,
como troca de materiais de madeira por outros mais simples de limpar,
alargamento de corredores, e retirada de portas, cujas maçanetas podem provocar
a contaminação.
“Alguns estudam a utilização de tecnologia, como já
utilizada em fábricas, que avisa se os profissionais estão ultrapassando a
distância segura. Locais de encontro coletivo, como cafeterias, também devem
ser temporariamente fechados ou ganhar configuração que permita o
distanciamento social”, explica.
Setores valorizados
A adaptação também passa pela necessidade de adequar setores da economia aos novos tempos. Uma das áreas que a Luandre mais tem trabalhado, a de saúde, teve um grande aumento na demanda e já contratou 3.656 profissionais do segmento, desde o início do ano, um aumento de 165% em relação ao mesmo período no ano passado.
Segundo Francine, além dos atendimentos
emergenciais, em razão da covid-19, clínicas e hospitais tem demanda de
especialistas que atendam via teleconsulta aqueles que estão com alguma
condição importante, mas preferem não ir ao hospital pela recomendação de
evitar a contaminação.
Já o setor de ecommerce* apresentou crescimento de
26,7% em comparação com o mesmo período de 2019. O percentual convertido
é de R$ 20,4 bilhões de faturamento.
A Luandre também tem notado este crescimento pelo
aumento da demanda no setor de logística -- nos últimos três meses, foram 220%
mais vagas em relação ao mesmo período do ano passado. “Esta adaptação no modo
de compras da população é positiva num momento de instabilidade como o nosso,
porque consegue manter parte do varejo atuante, de uma forma nova, já que
muitos brasileiros preferiam fazer compras em lojas físicas”, comenta Francine.
Para ela, no segundo semestre, mesmo que haja uma flexibilização para a
abertura de lojas, a apreensão pelo vírus deve manter o setor de varejo virtual
fortalecido.
Luandre Soluções
em Recursos Humanos
Fonte: Compre&Confie
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