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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Negociação de dívidas pode diminuir prejuízos no setor de alimentos, afirmam executivos do setor


Leonardo Almeida, CEO de uma startup que conecta restaurantes a grandes distribuidores, dá dicas para enxugar as contas no comércio


Nos últimos anos, o setor de foodservice tem conseguido driblar a crise no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela GS&NPD,  em fevereiro de 2019, para o Instituto Foodservice Brasil (IFB), a alimentação fora do lar movimentou R$ 205 bilhões no ano de 2018. Com a disseminação do Covid-19 no país, pequenos e médios comerciantes foram impactados com o fechamento de seus estabelecimentos. O uso de entregas por delivery por meio de aplicativos têm sido a melhor saída até o momento. 

De acordo com Leonardo Almeida, CEO e diretor executivo da Menu - tartup que abastece os restaurantes conectando os principais distribuidores e indústrias do mercado foodservice-, 80% dos bares e restaurantes do país são de pequenos empresários e únicos empreendimentos de um único dono. “É uma característica muito específica do Brasil, em outros países o esquema de franquias é mais comum. Por isso, o comerciante costuma misturar as contas pessoais com as do próprio negócio. Menos dinheiro disponível em caixa dificulta a recuperação do dono do comércio durante um período sem receita”, explica. 

Comer fora de casa tem sido cada vez mais frequente no dia a dia do brasileiro, hoje bares e restaurantes oferecem uma grande variedade de refeições. Almeida comenta que a demanda caiu. “Quem vende refeição pronta, marmitex, por exemplo, se saiu melhor. É importante não romantizar a crise no setor de alimentos, os empreendedores devem encarar a crise de frente. Por isso, esse momento de flexibilização é crucial para cuidar dos negócios”, afirma. 

O diretor executivo da Menu ainda alerta da necessidade de negociar. É possível por exemplo pedir a isenção das cobranças estatais como água e luz. “Também é importante que o comerciante busque negociar suas dívidas, procure por concessões de crédito e principalmente renegocie seus custos fixos como o aluguel. Ele pode pedir ao locatário para adiar o pagamento do mês atual. Após esse período as pessoas voltaram a comprar, em consequência o fluxo de caixa vai aumentar”, conclui.

A mensagem do CEO é de esperança, Leonardo acredita que o mercado vai voltar a faturar e que os pequenos empreendedores precisam seguir algumas orientações para se manterem firmes. Pensando nisso, a Menu criou uma página específica (http://coronavirus.menu.com.br/) com dicas práticas para comerciantes e pequenos empreendedores superarem a crise após a pandemia.




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