Pesquisa do Instituto
QualiBest ainda mostra que e-commerce ganhou 12% de novas consumidoras da
classe mais alta em meio à pandemia
Quatro em cada dez mulheres da classe mais alta
do país estão consumindo mais produtos por meio da Internet do que faziam antes
da pandemia, indica uma pesquisa do Instituto Qualibest sobre esse público.
Foram ouvidas 400 mulheres residentes em São Paulo entre os dias 14 a 22 de
maio por meio de um questionário online. A margem de erro do estudo é de 5
pontos percentuais.
O estudo foi feito por meio
de uma rede do QualiBest que reúne apenas mulheres com renda média de R$ 40 mil
mensais. Elas toparam responder a pesquisa em troca de uma doação de R$ 20,
cada uma, à Liga de Proteção, fundação do Hospital do Coração que ajuda no
combate à Covid-19.
O estudo contou com a
parceria da plataforma Back IN B e da plataforma de arte
ArtSoul. Segundo os dados, outras
23% delas mantiveram o volume de consumo on-line que já possuíam antes da
pandemia – o que indica que a Internet tem sido um refúgio para
a continuidade de muitos hábitos de consumo desse grupo da população.
Há ainda 12% que contam que, em meio à crise, começaram a
demandar produtos e serviços via e-commerce – prática que não
tinham antes. Reunindo os três grupos de respostas, assim, 77% das mulheres
dessa camada estão consumindo no mercado on-line neste momento.
“Apesar de muitas consumidoras do luxo estarem
gastando menos durante a pandemia, o e-commerce é uma oportunidade para esse
segmento. Ele não apenas teve aumento na demanda, como ganhou novos clientes”,
afirma Daniela Malouf, diretora geral do QualiBest. “É interessante notar que,
além de farmácia e alimentação, o principal consumo ficou com produtos para a
casa e para lidar com a quarentena: roupas, livros,
aparelhos de ginástica, jogos de tabuleiro, eletrodomésticos e utensílios
domésticos”, completa.
Arte e roupas
Embora haja um crescimento natural pelo consumo
on-line durante a pandemia, 81% das respondentes já haviam comprado on-line em
algum momento e 62% já tinham tido a experiência de compra de vestuário pela
internet.
Já em relação às roupas, um terço
(33%) dessas mulheres diminuiu a frequência de compra pela Internet. O número é
semelhante ao de consumo de sapatos (31%). “Ao contrário do que se diz, elas
estão sem clima para comprar roupa agora. Até as famosas ‘malinhas’ estão sendo
evitadas”, diz Roberta Salum, consultora de negócios da Back in B, fazendo
referência às lojas que enviam peças novas para as casas das clientes.
Instituto QualiBest
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