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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Exercite sua memória em casa!


Pesquisa mostra que até 2050, o quadro de pessoas com demência deve triplicar. Atividades que desenvolvem habilidades cognitivas são alternativas para postergar o aparecimento dos sintomas e são indicadas para todas as idades


De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde em 2019, o número de pessoas com quadros de demência no Brasil deve triplicar até 2050. O dado é preocupante; porém, a boa notícia é que existem exercícios para turbinar a memória e postergar o aparecimento de doenças neurodegenerativas.

Além da demência, entre as causas mais comuns para a perda de memória, estão o estresse e o excesso de atividades. Porém, na maioria dos casos, os problemas de esquecimentos são causados pelo envelhecimento natural do ser humano.

“É comum apresentar falhas de memória com o passar dos anos. O cérebro pode começar a ter perdas cognitivas aos 30 anos de idade. À medida que ele envelhece – assim como todos os outros órgãos do corpo-, os circuitos ficam menos estáveis e o hipocampo (região do cérebro responsável pelas memórias) fica menos eficiente”, explica Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método Supera, maior rede de escolas de ginástica para o cérebro da América Latina.

Uma alternativa divertida e efetiva para turbinar o funcionamento do cérebro e a memória é a prática de exercícios que desenvolvam nossa capacidade cognitiva.
Segundo Solange, para que a prática gere resultados, precisa ser baseada em três pilares: novidade, variedade e desafio crescente.

“A prática de exercícios cognitivos cria novas conexões entre os neurônios e fortalece as sinapses, garantindo o bom funcionamento das funções executivas do cérebro e o desenvolvimento das habilidades cognitivas.  Quanto mais o nosso cérebro é estimulado, maior é a nossa reserva cognitiva – ou seja, capacidade de resistência às alterações cerebrais”, conta a especialista.

Isso tudo pode ser encontrado na prática da ginástica para o cérebro, atividade que estimula o fortalecimento das conexões neuronais. Com os exercícios que turbinam a mente, é possível melhorar – além da memória –, a concentração, raciocínio lógico e criatividade.

Maria Santana de Souza, 71 anos, é aluna do SUPERA Londrina (PR) e constatou mudanças após a prática de ginástica cerebral: “Soube do SUPERA aos 69 anos e fiquei muito interessada, principalmente porque tenho histórico de Alzheimer na família. Desde o início do curso, percebi melhorias na minha capacidade de concentração, na autoestima e até mesmo na vida social, pois conheço novas pessoas e faço amigos. Percebo uma melhora na minha memória, nas minhas atividades do dia a dia, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicas, entre outras tarefas”, relata.

Com uma rede de mais de 450 unidades espalhadas pelo Brasil, no SUPERA, alunos de todas as idades treinam o cérebro a partir de ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), jogos de tabuleiro, jogos virtuais, dinâmicas em grupo, apostilas com exercícios cognitivos e as neuróbicas - aeróbica para os neurônios. Nesse momento de isolamento social, o SUPERA tem oferecido aulas on-line de ginástica cerebral a seus alunos; além de oferecer uma plataforma de jogos cognitivos, o SUPERA Online.


Dicas para exercitar a memória no dia-a-dia

As neuróbicas, uma das ferramentas do curso de ginástica para o cérebro, podem ser praticadas em casa e ajudam a tirar o cérebro da zona de conforto e mantê-lo sempre ativo, contribuindo para a boa memória.

Trocar de mão para escovar os dentes ou para escrever, por exemplo, é bom para o cérebro. O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração e treinar a atenção.

Conheça mais neuróbicas para fazer no dia a dia:

  • Todo dia procure observar um objeto ou pessoa e desenhe ou escreva suas principais características. No fim de semana, procure recordar as figuras, sem suas anotações
  • Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora escreva 25 adjetivos que ache que a descrevem e/ou ao tema fotografado.
  • Procure identificar ingredientes dos alimentos pelo gosto e pelo cheiro. Faça isto diariamente e depois procure recordar dos mesmos.
  • Memorize os preços das coisas sempre que possível e procure recordá-las mais tarde.
  • Procure identificar as pessoas pela voz ao usar o telefone, por exemplo. Memorize no fim do dia as pessoas com quem falou.
  • Memorize números de telefones.
  • Experimente memorizar as tarefas do dia ao invés de usar uma agenda, por exemplo.
  • Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que comecem com a mesma letra.

O SUPERA ainda lista cinco dicas para melhorar a memória e a qualidade de vida:

  1. Tenha boas noites de sono:  o sono é definido por cientistas como o estado em que nosso corpo otimiza e consolida novas informações adquiridas ao longo do dia e as armazenam como memória.
  2. Alimentos para o cérebro: está provado que uma dieta rica em Ômega-3, vitamina B e antioxidantes é importante para a saúde do cérebro e para ter uma boa memória.
  3. Fuja do estresse: desestressar e meditar são formas reconhecidas de preservar as lembranças. A prática diária da meditação, por exemplo, ativa as partes do córtex cerebral responsáveis pela tomada de decisão, atenção e memória.
  4. Pratique exercícios físicos: estudos mostram que o exercício físico melhora e protege a função cerebral, sugerindo que pessoas fisicamente ativas apresentam menor risco de serem acometidas por doenças neurodegenerativas.
  5. Faça ginástica para o cérebro: de acordo com a OMS, a estimulação cognitiva é uma das recomendações para postergar o aparecimento de sintomas de doenças neurodegenerativas. Quando você pratica ginástica para o cérebro, cria novas conexões entre os neurônios no cérebro e aumenta a reserva cognitiva.






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