Drª.
Mônica Perracini coordena o projeto Remobilize, que conta com a
participação de pesquisadores de diversos estados brasileiros;
Dados de pessoas
acima dos 60 anos serão coletados e avaliados por profissionais ao longo de um
ano por meio de questionários on-line e entrevistas por telefone
A coordenadora do Programa de Mestrado e Doutorado
em Fisioterapia Drª. Mônica Perracini, da Universidade Cidade de
S. Paulo (Unicid), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, está
à frente da Rede de Estudos em Mobilidade no Envelhecimento, projeto denominado de Remobilize, o
qual avaliará o impacto da pandemia na mobilidade da pessoa
idosa.
O novo estudo contará com a participação
de pesquisadores de universidades de diversos estados do Brasil e será
conduzido por meio de questionários on-line e entrevistas por telefone.
Pessoas acimas dos 60 anos, que terão dados coletados, serão avaliadas por
profissionais em momentos distintos, como em três, seis e 12 meses após terem
sido contatadas pela primeira vez.
A coordenadora do Projeto, Mônica, justifica
que a mobilidade dentro e fora de casa possibilita uma vida ativa,
com propósito e significado na velhice, e com a pandemia diante do
novo Coronavírus (COVID-19), novos desafios estão
surgindo para toda a sociedade, sobretudo para o público idoso.
“As pessoas idosas estão sendo altamente afetadas.
Não só porque têm maior risco de desenvolver as formas graves da
Covid-19, mas também, pelas recomendações de distanciamento e
isolamento social. A restrição da mobilidade nos espaços de vida, em particular
fora de casa, leva a uma diminuição do nível de atividade física e resulta no
comprometimento da capacidade funcional, dificulta o manejo das doenças
crônicas e aumenta o risco de fragilidade”, argumenta a doutora.
Segundo a docente, a pesquisa visa identificar
os impactos do isolamento social na trajetória da mobilidade ao longo
dos 12 meses. Para ela, as pessoas idosas são muito diferentes entre
si, com situações econômicas, de moradia e de suporte social distintas, e que
com isso, os comportamentos em relação a pandemia podem ser influenciados em
diversos aspectos de saúde física e mental.
Mônica aponta ainda, que é esperado que boa parte
dos idosos, diminua significativamente os níveis de atividade física durante a
pandemia, o que pode acarretar em consequências negativas, como: declínio da
força e da resistência muscular e comprometimento do equilíbrio corporal.
Avalia que o acompanhamento permitirá saber se os idosos irão conseguir retomar
os níveis de mobilidade prévios a pandemia e ainda identificar possíveis
consequências negativas, permitindo desenvolver ações preventivas e/ou de
reabilitação.
“Se antes da pandemia cerca de 1/3 dos
idosos no Brasil já apresentavam problema de mobilidade,
como ficará esse cenário em decorrência da pandemia onde boa parte dos
idosos estão confinados em casa? As consequências sociais, psicológicas e
físicas serão profundas e nesse momento invisíveis, dada a gravidade da
situação da Covid-19”, questiona Mônica.
Por fim, a especialista aponta que a mobilidade
é um indicador da qualidade de vida na velhice e que mantê-la acima dos 60
anos de idade, é fundamental.
Pessoas de todas as regiões do País, com 60 anos ou
mais, podem participar. O acesso pode ser feito pelo celular ou computador por
meio do https://pt.surveymonkey.com/r/Remobilize_Inicial
Universidade Cidade de São
Paulo – Unicid
www.unicid.edu.br
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