A pandemia revelou
o desafio dos pequenos em se digitalizar e o risco de acreditar que para estar
no digital, basta uma cópia exata do que a empresa é fisicamente
Mercadinhos, papelarias, lojas de roupas e sapatos,
lavanderias e por aí vai. Você deve conhecer um bocado desses
estabelecimentos em sua vizinhança. Volta e meia, encontramos o que
estamos precisando em suas prateleiras e balcões. E com uma vantagem: dá
para ir a pé. Porém, esses negócios estão de portas fechadas e, para que
sobrevivam o durante e o pós-crise, é preciso que elas se mantenham
ativas. Ou seja, vendendo.
Se antes esses empreendimentos usavam a tecnologia
apenas para o básico de seus processos administrativos e contábeis, agora tem o
desafio de se digitalizar, sendo o e-commerce uma possível solução para que
continuem entregando seus produtos e serviços. “É preciso conhecer as
ferramentas digitais que já existem para abrir a possibilidade
da venda online. Ou assumir o risco de fechar as portas definitivamente,
dependendo do tempo que seremos obrigados a ficar em casa”, explica Melina
Alves, fundadora e CEO da DUXcoworkers, que há 10 anos desenvolve soluções para
auxiliar as empresas a se desenvolverem e superarem obstáculos por meio de UX/User
Experience e inteligência coletiva para a inovação.
A empresa, que já contava com uma iniciativa
voltada para startups, em que propõe consolidar o negócio por meio de uma
melhor experiência focada no usuário, criou a versão sprint e à distância,
chamada StartUX Remoto, na qual pequenos empreendedores se conectam durante
duas horas por dia para, de maneira conjunta, cooperarem entre si na busca de
soluções inovadoras com base na compreensão da essência de cada um dos
negócios.
“A partir da clareza do que o serviço ou produto
realmente oferece, é possível mapear oportunidades e estabelecer prioridades
para o negócio”, comenta a executiva. “Estabelecemos alguns pontos iniciais,
mostramos como fazer pesquisas levando em consideração diversos aspectos, como
análise de concorrência direta e indireta e a transposição do negócio analógico
para o ambiente virtual”, explica.
Nesta imersão, os empreendedores começam a
compreender melhor seus negócios, conhecendo seus pontos fortes e suas
fraquezas. Desta forma, são capazes de trabalhar com foco e mais agilidade para
reinventarem seu empreendimento voltado ao interesse do seu cliente. “É disso
que se trata a migração do analógico para o digital. Não basta uma loja
virtual, uma plataforma segura e investir tempo e dinheiro em marketing
digital. Não podemos oferecer a experiência vivida presencialmente se a
levarmos como uma cópia exata do que ela é fisicamente para o ambiente digital.
É preciso reinventá-la”, finaliza Melina.
Desde 2018, o Brasil é o país que possui o maior
comércio digital da América Latina. Em 2019, foram R$133 bilhões em faturamento
proporcionado por 36% da população brasileira, segundo a 4ª edição da Webshoppers,
pesquisa realizada pelo e-bit.
Segundo dados da plataforma de vendas Nuvemshop, as transações online cresceram
175% no mês de abril – se comparado ao mesmo período do ano passado-, sendo o
primeiro mês completo em que as lojas ficaram fechadas por conta do isolamento
social.
DUXcoworkers
Nenhum comentário:
Postar um comentário