Psicóloga do CAIS – Centro de
Apoio Integral à Saúde, explica que independente do distanciamento social, é
importante que a pessoa lide com a perda e tenha apoio de familiares e amigos
Com a pandemia da Covid-19
milhares de pessoas perderam entes queridos sem que pudessem se despedir de forma
tradicional e passar por todos os processos habituais do luto. Devido ao risco
elevado de contaminação, algumas etapas fundamentais como o acompanhamento da
pessoa doente, velório e o sepultamento foram proibidos. E como lidar com o
luto quando você não pode se despedir do ente querido?
“Cada pessoa tem sua forma de
vivenciar o luto. Porém, atualmente, sendo privados dessas possibilidades, há
um risco maior das pessoas virem a apresentar futuras complicações emocionais,
por não conseguirem viver seus lutos da maneira como estão habituadas. Dentro
das possibilidades que temos hoje, o apoio de amigos e parentes mesmo que a
distância, é a maneira mais próxima de nos sentirmos acolhidos, claro que
respeitando a maneira como cada um lida com o luto. Contar com apoio
psicológico nesse momento também é uma forma de enfrentar as dificuldades que
podem ocorrer.”, disse a psicóloga do CAIS – Centro de Apoio Integral à Saúde,
Aline Melo.
Mesmo com o distanciamento
social, podemos nos fazer presentes de outras formas que não físicas para
reconfortar a família, como ligando, fazendo chamadas de vídeo para ver como a
pessoa está, enviar mensagens, etc. Essas são maneiras de demonstrar que a
pessoa não precisa passar por esse momento sozinha.
É possível que os sentimentos
de tristeza e angústia provoquem uma alteração na rotina da pessoa que está
vivendo o luto, dificultando a execução de suas responsabilidades e
prejudicando o sono, a alimentação e o autocuidado, principalmente nos
primeiros dias. Aos poucos as atividades e a rotina tendem a ser recuperadas,
mesmo com o sentimento de tristeza e dor ainda presentes. “É importante avaliar
quando esse quadro de tristeza perdura por muito tempo, assim como a
dificuldade da pessoa em retomar sua vida. Nesse caso, seria importante a
avaliação de um profissional da saúde para identificar se a evolução desse
processo segue de maneira natural ou não.”, finaliza a psicóloga.
Grupo São Cristóvão
Saúde
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