Segundo
Associação, administradoras já vinham adotando boas práticas para garantir
segurança em prédios de escritórios para atender empresas de saúde e outros
serviços essenciais que precisaram manter as atividades na quarentena
Condomínios de escritórios e corporativos de São
Paulo estão aptos a assumir a retomada gradual das atividades com segurança,
conforme determinação da Prefeitura de São Paulo, que liberou a reabertura de
concessionárias de veículos e escritórios de serviços na última sexta-feira. A
avaliação é da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de
São Paulo (AABIC), maior entidade representativa do segmento no Estado. Desde o
início da pandemia, a AABIC vem orientando as empresas de administração
condominial a estabelecer critérios e boas práticas para prepará-las para o
momento da reabertura.
Nesta quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo
emitiu uma nota reconhecendo a autossuficiência dos condomínios residenciais
para decidir sobre procedimentos como exigência de máscaras nos espaços comuns,
autorização de obras nos apartamentos e ocupação das áreas de academia e
piscina. Para as empresas localizadas em empreendimentos comerciais, porém, a
autoridade pública condicionou a reabertura a uma série de regras sanitárias,
além da permissão de funcionamento por apenas 4 horas para atendimento ao
público.
Nos imóveis comerciais, as regras variam de acordo
com o ramo de atividade das empresas que operam nas unidades, situação que vem
levando as administradoras a buscar um padrão para disciplinar a operação dos
condomínios. “Temos empreendimentos onde serviços essenciais como consultórios
médicos coexistem com escritórios de prestação de serviços”, explica José
Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC. “Como as regras são flexíveis para
algumas atividades e mais rígidas para outras, precisamos conciliar horários,
regras para utilização de áreas comuns e outros critérios”, afirma o dirigente.
Cartilha orientativa
A AABIC preparou uma cartilha com orientações
gerais sobre as melhores práticas para o retorno dos funcionários aos
escritórios, no tocante ao uso das áreas comuns do condomínio. A associação
lembra que esses estabelecimentos já operavam com trabalho interno e
teletrabalho, mas destaca que agora poderão abrir com atendimento ao público
durante 4 horas por dia. No material, a AABIC reitera essa e outras
determinações impostas pela prefeitura, mas também presta recomendações
adicionais para que os condomínios consigam se adequar com naturalidade ao
maior tráfego de condôminos e colaboradores com a volta das atividades, em
especial de atendimento ao público.
Essas recomendações, de caráter operacional,
envolvem ações ligadas a comunicação, como manter avisos em locais visíveis nas
áreas comuns; relacionadas a recepção e atendimento, como disponibilizar
máscaras e álcool em gel para os colaboradores; e até de controle do número de
usuários nos elevadores. A cartilha também possui alertas para evitar
aglomerações nas áreas comuns e dicas para reforçar a limpeza, além de
orientações para o serviço de vallet e estacionamento.
Na cartilha, a AABIC também recomenda que os
colaboradores sejam estimulados a informar a seus superiores caso apresentem
algum sintoma da doença, para que assim não mais compareçam ao local de
trabalho. A associação lembra que as recomendações podem ser implementadas
conforme decisão de cada condomínio com base na análise de suas
particularidades, como característica estrutural, disposição física, tipo de
ocupação e perfil dos usuários.
Condomínios residenciais
Para a reabertura gradual dos condomínios
residenciais, a AABIC esclarece que as regras de flexibilização também devem
ser tomadas de forma criteriosa pelos síndicos, que podem recorrer ao suporte
das administradoras para tomada de decisões. “Cada condomínio terá a
sensibilidade de definir suas normas com base na própria realidade,
considerando o perfil dos moradores e número de funcionários”, alerta o
presidente.
Ainda de acordo com Graiche Júnior, as definições
de normas especiais para este período foram tomadas pelos próprios
empreendimentos desde o início do período de distanciamento. Sendo assim, as
decisões para reabertura devem seguir os critérios de prevenção e segurança
adotados de forma bem sucedida pelos condomínios na época do fechamento.
A AABIC também deve preparar uma cartilha com
recomendações para as administradoras sobre como orientar os síndicos e condomínios
na elaboração das regras para a reabertura. “Esse procedimento ajudará os
condôminos a assimilar as determinações com mais naturalidade”, avalia Graiche
Júnior.
A associação ressalta ainda que a autonomia
concedida aos condomínios é antes de tudo um reconhecimento da administração
pública pelo empenho e organização de administradoras, síndicos, funcionários e
moradores no combate ao contágio do novo coronavírus (Covid-19). Ainda no
início de março, poucos dias após a confirmação do primeiro caso da doença no
Brasil, empresas de administração já circulavam orientações de prevenção com
base no distanciamento social e intensificação dos procedimentos de limpeza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário