Especialista explica quando é necessária uma nova
mamoplastia
A cirurgia de aumento de mama é um dos procedimentos mais
realizados e desejados no Brasil. De acordo com os últimos dados divulgados
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são realizadas cerca de 288 mil
mamoplastias de aumento, por ano, no Brasil.
Segundo o cirurgião plástico e especialista pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Seung Lee, embora o procedimento seja
popular entre as brasileiras, ainda há muitas dúvidas a
respeito da necessidade de trocar a prótese. “Diferente das
próteses de silicone fabricadas nos anos 90, que precisavam ser trocadas a cada
10 anos, as próteses modernas não possuem validade. É possível que em algum
momento seja necessária a troca, porém não é algo que possamos calcular”,
comenta o cirurgião.
A seguir, o especialista explica os principais motivos que
levam a paciente a trocar a prótese de silicone dos seios:
Insatisfação
“É comum que as pacientes voltem ao consultório após alguns
anos para mudar o tamanho e o formato da prótese de silicone.
Atualmente, existem diversos tipos de próteses, que deixam o colo mais
marcado ou mais natural, tudo vai depender do gosto da paciente”, explica o Dr.
Lee.
Contratura capsular
É natural que o nosso organismo tente absorver ou expulsar
um corpo estranho. No caso da prótese, será criado uma cápsula cicatricial
na tentativa de isolar o implante dos tecidos mamários ao redor.
“Toda paciente com silicone terá essa cápsula em torno
da prótese, que geralmente é fina e imperceptível ao toque. Mas, caso a
película se torne mais grossa e mais rígida, teremos a contratura
capsular, que pode causar incômodo ou dor nas mamas e, em
casos mais avançados, irregularidades e deformidades na mama pela contração
da cápsula sobre a prótese. Nesse caso, a troca da prótese é indicada”,
conta.
Efeito sanfona
“Quando a paciente com silicone apresenta instabilidade no
peso, a pele pode se tornar flácida e o peso das próteses podem deixar os seios
caídos. Dependendo do caso, realizar a troca por uma prótese maior
pode preencher o colo. Entretanto, se o excesso de pele for muito grande, é
recomendado uma mastopexia, procedimento em que é retirado o excesso de pele e
tecido mamário, levantando as mamas”.
Rippling
Embora não cause dor, nem seja considerada uma complicação
pós-cirúrgica séria, o rippling pode causar insatisfação na aparência da mama.
Essa complicação acontece quando a prótese de silicone causa aspectos de
ondulações ou dobras na lateral do seio.
“Quando a paciente é muito magra ou possui pouco tecido
mamário, o rippling pode acontecer. Além da troca de prótese, a lipoenxertia,
técnica em que a gordura da própria paciente é retirada e tratada para ser
reaplicada em outra parte do corpo, pode ser uma opção de tratamento para
amenizar o rippling”, conta.
Infecção
As infecções são causadas por bactérias comuns da pele e
podem ser tratadas com antibióticos indicados pelo próprio cirurgião. “Em casos
extremos, quando não há uma resposta clínica ao tratamento com antibióticos ou
quando a infecção evolui, é necessária a retirada da prótese”, explica o
médico.
Rompimento da prótese
“As chances de rompimento da prótese são mínimas! As
próteses modernas são de material coeso, semelhantes a um gel, e não têm
riscos de vazamento e absorção pelo organismo. Porém, as próteses podem romper
quando a paciente sofre um impacto violento. A partir de uma ressonância
magnética é possível verificar o rompimento e se há a necessidade da troca”,
finaliza o Dr. Seung Lee.
Dr. Seung Lee - Cirurgião Plástico Especialista pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica. Graduado pelo Centro Universitário de Volta
Redonda - UNIFOA - RJ, recebeu título de especialista em Cirurgia Geral e
Cirurgia Plástica pelo MEC. Estagiou cirurgia estética e reparadora na Oblige
Plastic Surgery - Coréia do Sul, tendo a residência médica em Cirurgia
Geral pelo Hospital Federal de Ipanema - RJ, e residência médica em Cirurgia
Plástica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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