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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Meditação ajuda na cura de doenças e na redução da perda de massa encefálica que ocorre com a idade



A meditação vem ganhando uma importância muito grande na vida das pessoas que buscam um alívio para o estresse, para os problemas e para a dor constante da vida. Por isso, os cientistas vêm tentando entender o que essa prática traz de benefícios do ponto de vista científico e neurológico e por que promove tantas mudanças positivas nas vidas dos praticantes.

Estudos mostram que a meditação auxilia em diversos pontos na saúde e na qualidade das relações familiares e profissionais. Não é à toa que o meio corporativo também vem aderindo à prática como tentativa de solução para aumentar a produtividade, o relacionamento entre funcionários, a qualidade de vida, despertar situações mais criativas e melhorar a articulação mental.

Pessoas que praticam meditação há mais tempo e com regularidade são mais alegres, confiantes, tranquilas e estáveis emocionalmente. Ela modifica áreas de ação do cérebro, controlando a atividade na região do córtex pré-frontal, que é responsável pelo pensamento consciente, articulação, criatividade e visão estratégica, fazendo com que as pessoas vivam mais o presente e atuem de forma consciente e criativa.

"O cérebro tem uma grande capacidade, que há algumas décadas ainda não tínhamos conhecimento, chamada neuroplasticidade. Através dela, ele pode se modificar estruturalmente e funcionalmente mediante estímulos, criando novas sinapses e aumentando o número de neurônios. Portanto, a ideia antiga de que os neurônios, uma vez destruídos, não tinham mais jeito, não é verdade ", diz o Dr. Fabio Gabas, médico clínico, neurocientista e idealizador da medicina do BEIN (medicina do bem-estar integral).

A meditação ajuda a estimular as áreas ligadas à atenção, criatividade, memória e velocidade de processamento. Sendo assim, esse estímulo reduz a perda de massa encefálica que as pessoas sofrem com o tempo. Por ter um papel importante no equilíbrio do sistema nervoso autônomo, que é controlador de mais de 90% das funções orgânicas, ajuda, também, na redução da pressão arterial, melhora nos níveis de açúcar no sangue, na fadiga, nas dores crônicas e na digestão; evita doenças da pele e cura depressão moderada.

"Não são os fatos que geram estresse, é a forma com a qual os enxergamos. O cérebro no automático, sem estímulo, age de forma primitiva, condicionado à sobrevivência. A meditação transfere a atividade para áreas cerebrais mais nobres que trazem uma visão mais otimista da vida, gerando, consequentemente, todos esses benefícios para os seres humanos", complementa Dr. Fabio.

Outra questão importante, visto como um problema mundial nos dias de hoje, é a falta de atenção. Segundo o cientista cognitivo Herbert Simon, a riqueza de informações é igual a pobreza de atenção. Ou seja, a quantidade de informações e a facilidade de acesso a elas permite com que as pessoas se distraiam facilmente e com que a mente divague, atrapalhando a atenção para a solução dos problemas e a boa performance em tarefas. Estudos da Universidade de Stanford, na Calofórnia, Estados Unidos, mostram que em poucas horas de prática da meditação, já é possível ter um estado de melhor atenção às tarefas que estão sendo realizadas.


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