A
blefarite atinge de 9 a 21% da população e é mais prevalente em pessoas acima
dos 50 anos
Você já ouviu falar de blefarite? O nome pode parecer estranho, mas vem do grego ‘blepharon’ e significa pálpebra. Portanto, algumas doenças que afetam a região palpebral podem ter o termo na ‘blefaro’ em sua composição.
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a blefarite é uma inflamação crônica que afeta as margens das pálpebras.
"Não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. Os principais sintomas são inchaço, coceira e acúmulo de secreção, que acaba grudando as pálpebras inferiores nas superiores. A blefarite costuma se agravar nos dias mais quentes, pois o calor aumenta a produção de substâncias oleosas pelas glândulas sebáceas”", explica Dra. Tatiana.
Processo inflamatório crônico
A blefarite é causada por uma inflamação crônica que altera a secreção das glândulas de Meibômio. Essas glândulas produzem uma espécie de substância gordurosa, que ajuda na lubrificação dos olhos.
“Essa alteração na produção e na secreção desta substância lipídica leva aos sintomas da blefarite. Os mais comuns são edema palpebral, coceira, vermelhidão, ardência e sensibilidade à luz. Com o tempo, o paciente pode perder os cílios e desenvolver crostas nas bordas das pálpebras, que dificultam o movimento de abrir e fechar os olhos”, ressalta a especialista.
Dermatite seborreica agrava quadro no verão
“Em muitos casos, a blefarite está associada a outra
s doenças, como a dermatite
seborreica. O calor aumenta a produção de substâncias oleosas, o que pode
piorar os quadros de blefarite associados à esta condição”, comenta a
oftalmologista. Pessoas com rosácea, alergias, calázio, olho seco, ceratite,
conjuntivite, entrópio e ectrópio têm um risco aumentado de desenvolver a
blefarite.
Como prevenir a piora da blefarite nos dias mais quentes
De acordo com Dra. Tatiana, a principal medida para prevenir o agravamento dos sintomas da blefarite no verão é redobrar a atenção com a higiene das pálpebras.
“Para quem tem o diagnóstico da blefarite, a limpeza palpebral deve se tornar um hábito tão comum quanto escovar os dentes. Isso quer dizer é preciso limpar todos os dias e, em alguns casos, mais de uma vez por dia”, reforça a médica.
Além de intensificar a higiene das pálpebras, quem tem blefarite deve escolher protetores solares faciais ou aqueles específicos para a região palpebral, assim como usar óculos de sol, bonés ou chapéus para proteger a área dos raios solares.
Higiene das Pálpebras em 3 passos
Aquecimento das pálpebras: Como as secreções ficam
endurecidas, é preciso aquecer para desgrudar e não machucar a pele. O
ideal é fazer uma compressa com água morna e deixar de 3 a 5 minutos em
cada olho.
Massagem: Depois, é preciso fazer uma
massagem sútil de fora para dentro para eliminar a secreção acumulada.
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