A estimativa do Instituto Nacional do Câncer, o
Inca, é que em 2019 sejam diagnosticados mais de 16 mil novos casos
Janeiro é o mês dedicado à prevenção e informação
sobre o câncer do colo do útero, também chamado de cervical. A neoplasia, que
tem como causa principal a infecção persistente por alguns tipos do
Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos) também pode estar
relacionada a diversos outros fatores, entre eles: início precoce da atividade
sexual e múltiplos parceiros, tabagismo (a doença está diretamente relacionada
à quantidade de cigarros fumados) e uso prolongado de pílulas
anticoncepcionais.
Segundo levantamento do Inca, esse tipo de câncer é
o terceiro mais incidente na população feminina brasileira e em 2015 (último
dado disponibilizado) resultou em 5.727 mortes. De acordo com o Oncologista
Diocésio Andrade, do InORP/Grupo Oncoclínicas, os números são alarmantes e
chama atenção, sobretudo, para a importância da prevenção. "O uso de
preservativos durante a relação sexual, a realização periódica do exame
Papanicolau e a vacinação contra HPV são essenciais para prevenção e
diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura", explica o
médico.
Sintomas
Segundo Dr. Diocésio Andrade o câncer do colo do
útero tem um desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase
inicial. "Nos casos mais avançados da neoplasia alguns sintomas podem
sinalizar a evolução da doença, entre eles sangramentos fora do período
menstrual, secreção vaginal anormal, dor abdominal associada a queixas
urinárias ou intestinais em casos mais avançados e
sangramentos ou dor durante e/ou após o ato sexual", afirma.
Tratamento
Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero
estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento
dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e
fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos. Se confirmada
a presença de lesão precursora, ela poderá ser tratada a nível ambulatorial,
por meio de uma eletrocirurgia.
Diocésio
Andrade - Oncologista do InORP/Grupo Oncoclínicas
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