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sexta-feira, 2 de março de 2018

VAGINISMO – o mal que afeta até 18% das mulheres e as impedem de terem relações sexuais e realizarem exames ginecológicos



O assunto ainda é tabu: são poucas as mulheres que têm coragem de falar abertamente que sofrem de vaginismo, distúrbio que causa dores durante a penetração no canal vaginal, seja no ato sexual ou em exames ginecológicos. Apesar da vergonha, o problema é comum: cerca de 18% das mulheres adultas sofrem deste mal. 

A boa notícia é que muitas já começam a deixar de lado o preconceito e buscam ajuda especializada. A fisioterapeuta uroginecológica Débora Pádua, especialista no assunto, prova em sua rotina como o vaginismo pode afetar a qualidade de vida e autoestima das pacientes e como pode ser superado através de Tratamento especializado. “Atendemos cerca de 400 pacientes por mês com o vaginismo. Mensalmente chegam até nós 100 novas mulheres que buscam ajuda para lidar com a dor e a vergonha que sentem”, conta Débora, “o sexo, quanto está bem, não conta tanto no relacionamento, mas quando está ruim passa a ser um problema com proporções enormes para a vida do casal”.

Além de trocar o prazer pela dor, o vaginismo afeta a saúde das pacientes. A maioria sequer consegue fazer exames ginecológicos preventivos, como o Papanicolau ou o ultrassom transvaginal, comprometendo assim o seu bem-estar e a sua saúde.

“Elas chegam à clínica desacreditadas de que podem sentir prazer, ter filhos, se manterem casadas. Muitas estão depressivas, sofreram discriminação e falam sobre o problema com vergonha. Mas, aos poucos, com a fisioterapia pélvica, elas vão descobrindo o próprio corpo e conseguem vencer o vaginismo em até dois meses”, diz a fisioterapeuta.


Entenda o problema: O que é o vaginismo?

É um distúrbio sexual que afeta 1 a cada 10 mulheres em todo o mundo e causa dores durante a relação sexual, impossibilitando a penetração no canal vaginal.

O problema pode ser causado por alteração hormonal, cirurgias ginecológicas, radioterapia que modifica a estrutura vaginal e sua elasticidade, alterações perineais, tabus psicológicos, traumas, entre outros.

Para tratar o problema são indicadas sessões de terapia psicológica e fisioterapia pélvica, com o uso de massagem perineal, eletroestimulação, dilatadores vaginais e exercícios específicos.









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