O assunto ainda é tabu: são
poucas as mulheres que têm coragem de falar abertamente que sofrem de vaginismo,
distúrbio que causa dores durante a penetração no canal vaginal, seja no ato
sexual ou em exames ginecológicos. Apesar da vergonha, o problema é comum:
cerca de 18% das mulheres adultas sofrem deste mal.
A boa notícia é que muitas já
começam a deixar de lado o preconceito e buscam ajuda especializada. A
fisioterapeuta uroginecológica Débora Pádua, especialista no assunto, prova em
sua rotina como o vaginismo pode afetar a qualidade de vida e autoestima das
pacientes e como pode ser superado através de Tratamento especializado.
“Atendemos cerca de 400 pacientes por mês com o vaginismo. Mensalmente chegam
até nós 100 novas mulheres que buscam ajuda para lidar com a dor e a vergonha
que sentem”, conta Débora, “o sexo, quanto está bem, não conta tanto no
relacionamento, mas quando está ruim passa a ser um problema com proporções
enormes para a vida do casal”.
Além de trocar o prazer pela
dor, o vaginismo afeta a saúde das pacientes. A maioria sequer consegue fazer
exames ginecológicos preventivos, como o Papanicolau ou o ultrassom
transvaginal, comprometendo assim o seu bem-estar e a sua saúde.
“Elas chegam à clínica
desacreditadas de que podem sentir prazer, ter filhos, se manterem casadas.
Muitas estão depressivas, sofreram discriminação e falam sobre o problema com
vergonha. Mas, aos poucos, com a fisioterapia pélvica, elas vão descobrindo o
próprio corpo e conseguem vencer o vaginismo em até dois meses”, diz a
fisioterapeuta.
Entenda o problema: O que
é o vaginismo?
É um distúrbio sexual que afeta
1 a cada 10 mulheres em todo o mundo e causa dores durante a relação sexual,
impossibilitando a penetração no canal vaginal.
O problema pode ser causado por
alteração hormonal, cirurgias ginecológicas, radioterapia que modifica a
estrutura vaginal e sua elasticidade, alterações perineais, tabus psicológicos,
traumas, entre outros.
Para tratar o problema são
indicadas sessões de terapia psicológica e fisioterapia pélvica, com o uso de massagem
perineal, eletroestimulação, dilatadores vaginais e exercícios específicos.
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