Durante toda sua vida, além da gravidez,
climatério e menopausa, a mulher passa por transformações fisiológicas e
psicológicas que precisam do acompanhamento de um profissional da saúde. Sendo
assim, o exame ginecológico regular e laboratorial, a mamografia e o pré-natal
são necessários e se tornam uma parte importante ao cuidado feminino.
Até os 45 anos, a mulher deve fazer check-ups
anuais para rastrear as doenças mais frequentes, como câncer do colo do útero e
de mama, diabetes, doenças da tireoide, DSTs (Doenças Sexualmente
Transmissíveis) e HIV/Aids. Os exames laboratoriais são importantes para evitar
o avanço das enfermidades e permitir a descoberta o mais precoce possível. Por
isso, o check-up laboratorial até os 45 anos inclui os seguintes exames: Metabolismo
das gorduras (HDL colesterol, LDL colesterol, VLDL colesterol, colesterol
não HDL, Triglicerídeos, Colesterol Total), avaliação do rim (sódio,
potássio, creatinina, urina tipo 1, taxa de filtração glomerular), metabolismo
do açúcar (Hemoglobina Glicada Fração A1c), avaliação do fígado
(Gama GT, Transaminase Glutâmica Oxalacética - TGO, Transaminase Glutâmico
Pirúvica - TGP, proteínas totais e frações), avaliação da tireoide
(Hormônio Tireoestimulante - TSH), hemograma e Proteína C Reativa
Ultrassensível.
A partir dos 45 anos, além dos exames
mencionados, a mulher deve incluir no seu check-up laboratorial a avaliação
dos ossos (fósforo, Cálcio Iônico, fosfatase alcalina), Vitamina D,
sangue oculto nas fezes e Avaliação Hormonal Feminina (Hormônio
Folículo Estimulante – FSH, estradiol).
Dr. Octavio Fernandes, patologista clínico e
vice-presidente de operações do Labi Exames, informa que após a
menopausa, acontecem naturalmente algumas alterações hormonais. Isso pode levar
a uma queda do nível sanguíneo de fósforo, cálcio e a alteração da fosfatase
alcalina, que deve ser investigada por meio de exame laboratorial. “O fósforo,
o cálcio e a fosfatase alcalina são indicadores da saúde óssea”, acrescenta Dr.
Octavio.
O médico completa que a vitamina D ajuda na
regulação da quantidade de cálcio e de fósforo no corpo, o que influencia na
saúde dos ossos, já que são construídos principalmente com esses elementos.
“Quando há pouco cálcio no sangue, a vitamina D aumenta a absorção de cálcio no
intestino e diminui a eliminação dele na urina, ajudando a manter o nível
sanguíneo dentro do normal”, explica.
Já o exame de sangue oculto nas fezes busca
pequenas quantidades de sangue que não podem ser vistas a olho nu. A origem do
sangue é no sistema digestivo e pode ocorrer em doenças inflamatórias
intestinais, úlceras no estômago ou câncer de cólon, por exemplo. “A partir dos
50 anos, a pesquisa de sangue oculto nas fezes é recomendada para o rastreio de
câncer colorretal e deve ser feita anualmente. O exame também pode servir para
determinar a causa de uma anemia em investigação”, destaca Dr. Octavio. Ele
acrescenta que se a paciente tem doença inflamatória intestinal, já teve ou tem
histórico familiar de câncer ou pólipos intestinais, seu risco de câncer
colorretal é maior. “Neste caso, é recomendado iniciar o rastreio anual aos 40
anos.”
Por fim, a avaliação hormonal feminina traz o FSH, um
hormônio importante para a reprodução. O exame deve ser feito a partir dos 45
anos para avaliar o funcionamento do ciclo menstrual. “O valor do FSH pode
estar aumentado em mulheres na menopausa ou com doenças no ovário”, acrescenta
o médico. O estradiol também é um hormônio fundamental para a reprodução, já
que atua na ovulação e na preparação do útero para a gravidez. “Quando as
mulheres entram na menopausa, geralmente a partir dos 45 anos, há uma queda
natural da produção de estradiol. Com esse exame, o médico pode avaliar essa
diminuição e discutir com a paciente a necessidade de fazer uma terapia de
reposição de estrogênio”, finaliza Dr. Octavio.
Labi Exames
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