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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Carnaval: dicas para quem pretende levar os pets para a folia



O carnaval está chegando e em algumas cidades, como São Paulo, é possível encontrar blocos e festas organizadas especialmente para os pets, com direito a concurso de fantasia, distribuição de petiscos, entre outras atrações. Mas, para que tanto o tutor quanto os animais domésticos possam curtir o evento, a segurança e o bem-estar do animal devem vir em primeiro lugar.

O médico-veterinário Dr. Rodrigo Mainardi, presidente da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), enfatiza que esse tipo de evento se restringe a uma única espécie: o cão. "Gatos, répteis, aves e pequenos primatas geralmente não se adaptam a tanta folia" alerta.

Mainardi diz que é importante ter a consciência de que levar o cachorro a um local agitado, cheio de pessoas estranhas e com outros animais, pode ser algo estimulante, mas também pode deixá-lo estressado. "Alguns pets não toleram som alto e outros sequer toleram o barulho da aglomeração das pessoas. Para eles, a folia se tornará mais uma tortura do que uma bagunça gostosa" explica.  

Ninguém melhor do que o dono para avaliar se o perfil comportamental do seu cão é compatível com esse tipo de programa. "Se o animal não tem o costume de sair de casa, é muito provável que ele não aguente uma caminhada longa e termine o passeio no colo" diz o médico-veterinário.

 
Fantasias

É importante ficar atento quanto à escolha da fantasia para o pet. Deve-se optar por tecidos leves, que deixem o animal confortável. "Se ele não quiser usar a roupa, não insista. É muito provável que o cachorro curta mais a brincadeira se estiver sem fantasia" avalia Mainardi.

O médico-veterinário recomenda evitar o uso de gliter, purpurina, maquiagem feminina e qualquer tipo de tintura ou spray que não seja de uso veterinário. Ele esclarece que esses produtos podem causar alergias e problemas de pele no animal.


Cuidados durante o evento

Os donos que pretendem levar seus pets para a rua no carnaval devem tomar algumas precauções. É preciso, por exemplo, oferecer água fresca durante todo o passeio para evitar a desidratação e ter cautela com os horários mais quentes do dia, pois o cachorro pode sofrer queimaduras na pele e nas patas.

O uso de coleiras e guias é importante para evitar o confronto entre animais, a perda do pet ou mesmo acidentes, como atropelamentos e quedas. Outra medida preventiva é identificar o cachorro com telefone e endereço.

Dr. Mainardi lembra também que, onde há aglomeração, existe a possibilidade de contaminação por algum agente patógeno, ou seja, existe a chance de o animal adquirir alguma doença. "Portanto, vacina, vermífugo, antipulga e anticarrapato devem estar rigorosamente em dia" orienta.
 
Se o cachorro demonstrar qualquer tipo de desconforto, o melhor a fazer é interromper o passeio. "O bloco é para diversão de todos, incluindo o principal folião: o de quatro patas. Alguns sinais de que a brincadeira deve ser encerrada podem aparecer e devemos entender a vontade do bicho" ressalta Dr. Mainardi.

Entre os sinais que o tutor deve ficar atento estão: medo; tentativa de fuga; pedido de colo; mudança de comportamento, como agressividade repentina; salivação excessiva; coceira anormal e paralisação. Se o dono observar qualquer um desses sintomas, o recomendado é que ele procure resolver o problema de imediato ou volte para casa. "Todos têm seus limites e devemos respeitar o do animal. Certamente, terão outros blocos para foliar" pondera o médico-veterinário.

Mais importante do que pular o carnaval é preservar o bem-estar do animal de estimação. Para o Dr. Mainardi o tutor deve garantir que o cão esteja livre de dor e doença; de medo e estresse; de fome e sede; de desconforto e ainda ser livre para expressar seu comportamento natural. Com esses cuidados, tutor e pet poderão desfrutar momentos incríveis juntos.




CRMV-SP





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