A Páscoa é um desses eventos
que sacodem o mercado. São inúmeras contratações para vagas temporárias, que
vão da indústria ao comércio por todo o país. No comércio, ações promocionais
aumentam as vendas, mostrando que os investimentos não são só no chão de
fábrica. Quando falamos de um país que se recupera de uma crise econômica
severa, a melhora e otimismo são motivo de comemoração,.
A maioria das empresas que
produz alimentos para a data já começou a se mobilizar desde outubro do ano
passado. A montagem de ovos, bombons e outras guloseimas não pode esperar o ano
começar. E não falamos apenas do segmento de chocolates. A indústria de peixes
tem grande movimento também. Os mais de 172,2 milhões de católicos do país
costumam consumir carne branca na época.
Em fevereiro, começam as
contratações mais focadas nas redes de comércio. Estoquistas, repositores,
promotores, gerentes, são inúmeros cargos chamados para lidar com um potencial
aumento de 10%, em comparação a 2017, na arrecadação de Páscoa. As vendas
vinham piorando nos últimos anos, mas 2018 se mostra otimista, sobretudo pela
desaceleração da crise. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates,
Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) é quem traz os números.
A variedade deve focar em
bolsos de tamanhos diferentes. Já são 130 novos produtos lançados, 10 a mais do
que no ano passado, mas ainda menor do que em 2016 (147). No ano passado, foram
produzidas 9 mil toneladas de chocolate para o período, algo em torno de 36
milhões de ovos. No ano anterior, o número foi de 14,3 mil tonelada, e em 2015,
19,7 mil toneladas. Os números vêm decrescendo nos últimos anos e só teremos
certeza da recuperação de 2018 no final da época de vendas. Por enquanto,
trata-se apenas de um potencial de melhora.
Muito dessa percepção vem do
que diz respeito às contratações. Ainda são valores menores do que dos anos
anteriores, mas a queda foi bem menor. São 23 mil vagas de trabalho temporário
estimadas, de outubro de 2017 a março deste ano. Em 2017 e 2016, foram abertas
25 e 29 mil vagas, respectivamente. A queda na quantidade ocorreu, mas foi bem
menor.
Essa é uma época que movimenta
a economia, que gera empregos, que demanda ações criativas do varejo. É uma
época onde o país começa a se movimentar a todo vapor. É um período que dita
crescimento, já que é chave para, inclusive, ditar tendências de investimentos
e ações, sobretudo de comércio para o resto do ano. Há uma grande colaboração
entre RH e varejo nesse período, e quem ganha é o país.
Que 2018 trará bons números,
não tenho a menor dúvida. Devemos ter a Páscoa da recuperação. Pode ser um
pensamento otimista, mas não é um pensamento baseado em especulação, e sim em
observação de potenciais mercados que alavancam a economia. A nós, resta torcer
e trabalhar pela volta dos bons ventos.
André
Romero - diretor da Red Lemon Agency,
agência especializada em comunicação, field marketing e ações promocionais.
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