A nossa
produção agrícola brasileira ocupa menos de 8% do território nacional para
alimentar o Brasil e parte do mundo. Isto agora está cientificamente provado
pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos, a Nasa.
As mais recentes estatísticas da agência especial norte-americana só comprovam
o que todo o setor já sabia: o Brasil utiliza apenas 7,6% de seu território com
lavouras, somando 63.994.479 hectares.
Ou seja,
não cabe (nem nunca coube) a crítica recorrente de parte da comunidade
internacional e de alguns ambientalistas que afirmam que os “agricultores
brasileiros são desmatadores”. O Brasil preserva a vegetação nativa em mais de
66% de seu território; a Dinamarca cultiva 76,8% de sua área – 10 vezes mais –;
a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%; e a Alemanha
56,9%.
A Europa,
sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem
apenas 0,1%. Para se ter uma ideia, a soma da área cultivada da França
(31.795.512 hectares) com a da Espanha (31.786.945 hectares) equivale à
cultivada no Brasil (63.994.709 hectares).
A maior
parte dos países utiliza entre 20% e 30% do território com agricultura. Os
países da União Europeia usam entre 45% e 65%. Os Estados Unidos, 18,3%; a
China, 17,7%; e a Índia, 60,5%.
As maiores
áreas cultivadas estão na Índia (179,8 milhões de hectares), nos Estados Unidos
(167,8 milhões de hectares), na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia
(155,8 milhões de hectares). Somente esses quatro países totalizam 36% da área
cultivada do planeta. O Brasil ocupa o 5º. lugar, seguido pelo Canadá,
Argentina, Indonésia, Austrália e México.
Dada a
importância do solo, literalmente a base da agricultura, nós da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo somos orientados pelo
governador Geraldo Alckmin a apoiar o produtor rural que quer cuidar bem da
terra e da Terra.
Por isso
lançamos o Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas
Para a Consolidação de Uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura
(Plano ABC-SP), que consolida iniciativas de produção sustentável.
Nosso
Projeto de Recuperação de Áreas de Grandes Erosões (Radge) subsidia em até R$
15 mil por CPF as obras que o homem do campo precisa realizar em sua
propriedade. Executada via Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), a
subvenção já foi utilizada por 94 agricultores desde 2014, totalizando R$
956.006,91 em investimentos.
Além disso,
elaboramos o Boletim Técnico “Recomendações Gerais Para a Conservação do Solo
na Cultura da Cana-de-açúcar” – trabalho conjunto da nossa pesquisa (Agência
Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – Apta), extensão rural (Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral – Cati) e defesa sanitária (Coordenadoria de
Defesa Agropecuária – CDA).
E as
iniciativas continuam na próxima semana, quando o Instituto Agronômico (IAC)
sediará, em Campinas, entre os dias 26 e 28, um workshop internacional sobre
sustentabilidade do solo – com foco principalmente na produção de bioenergia.
Nosso
objetivo é entender os conceitos de sustentabilidade do solo envolvendo os
aspectos químicos, físicos e biológicos. Será um evento para que integremos
diversas perspectivas diferentes para colocar em prática os conceitos de
sustentabilidade, além de fomentar a cooperação entre os cientistas que
trabalham no Brasil e na Holanda.
As
apresentações serão seguidas de conversa com o público para que as ideias
circulem livremente em nome de um solo sustentável. É a pesquisa próxima da
produção para gerar resultados cada vez melhores para a agricultura e o meio
ambiente, que não podem mais ser tratados de maneira separada.
É a hora inadiável de cuidar do nosso solo!
Arnaldo Jardim -secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo e deputado federal PPS/SP (licenciado)
Site: www.arnaldojardim.com.br
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