Outros 28% não têm, mas
usam o dos pais. A bicicleta não é mais o presente mais desejado: agora é o
celular. Apenas 12% dos pais entrevistados instalam ferramentas de filtro ou
controle de conteúdo nos smartphones dos filhos.
Nas famílias
brasileiras em que os pais têm smartphone, 72% das crianças entre 10 e 12 anos
também possuem um aparelho próprio. Esta é a faixa etária em que a maioria dos
meninos e meninas passa a ser dona de um smartphone. Outros 28% não têm, mas
usam o dos pais. A bicicleta não é mais o presente mais desejado: agora é o
celular. Foi o que apurou pesquisa inédita Panorama Mobile Time/Opinon Box
revela os hábitos dos pais brasileiros em relação ao acesso dos filhos a
smartphones.
Foram
entrevistados 545 adultos brasileiros que possuem smartphone e têm filhos de 0
a 12 anos de idade. As entrevistas foram realizadas online ao longo do mês de
outubro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais. "Isso significa uma
grande responsabilidade, tanto para as crianças quanto para os pais, que
concedem tal liberdade, mas precisam controlá-la de perto", comenta
Fernando Paiva, editor do Mobile Time.
O estudo
aponta que desde cedo as crianças brasileiras estão tendo acesso a smartphones,
seja por meio dos aparelhos dos pais ou com os seus próprios. Na média, 33% das
crianças de 0 a 12 anos têm smartphone; 39% não têm, mas usam o dos pais; e 28%
não têm e nem usam o dos pais. Apenas uma minoria de 7% continua sem acesso,
pelo menos no âmbito familiar.
"Quando
analisado por faixa etária da criança, nota-se um gradual crescimento da
proporção que tem smartphone próprio e diminuição daquela que não tem. Na faixa
de 0 a 3 anos, metade das crianças não têm qualquer acesso a smartphones,
enquanto a outra metade tem, sendo 41% através do aparelho dos pais e 9% já com
o seu próprio, por incrível que pareça", aponta Paiva.
No grupo de 4
a 6 anos, há uma virada drástica: uma minoria de 18% segue sem qualquer acesso,
enquanto mais da metade (60%) acessa através do smartphone dos pais e outros
22% já têm o seu aparelho. No grupo de 7 a 9 anos pela primeira vez há mais
crianças com smartphone próprio (46%) do que acessando o dos pais (34%),
enquanto 20% não usam smartphones.
Por sua vez,
na faixa entre 10 a 12 anos quase três quartos das crianças já têm o seu
smartphone próprio, ou 72%, para ser exato. Outros 21% acessam somente pelo
aparelho dos pais e uma minoria de 7% continuam sem acesso, pelo menos no
âmbito familiar. Outras questões abordadas pelo estudo foram: os pais controlam
o conteúdo que é acessado pelo celular e as pessoas com as quais conversam?; os
responsáveis estipulam limite diário de uso?; as escolas permitem o uso dos
aparelhos em sala de aula?; qual a opinião dos pais sobre o efeito do
smartphone sobre a criação dos filhos?; quais fatores mais influenciam o desejo
das crianças em terem um smartphone próprio (amigos, TV, parentes etc.)?
Perdeu
Bicicleta
Se
antigamente as crianças pediam bicicletas de presente, agora elas querem
smartphones. O aparelho toma o lugar dos brinquedos entre os itens mais
desejados pela garotada, mesmo entre aqueles que mal aprenderam a falar. Na
média, 52% das crianças de 0 a 12 anos já pediram um smartphone de presente
para os seus pais. O desejo cresce conforme a idade. Entre aquelas de até 3
anos, 28% já fizeram esse pedido. Na faixa
de 10 a 12
anos, 92% . Os amigos dos filhos são os culpados. Na opinião dos pais, são eles
quem mais influenciam seus filhos a quererem um celular. A TV aparece em
segundo lugar, apontada por 22% dos entrevistados.
Outras
descobertas:
Pais
controlam o que os filhos conversam no smartphone?. Quando questionados se verificam com
quem seu filho(a) conversa pelo celular e conteúdo das conversas, 87% dos 180
pais cujos filhos de 0 a 12 anos têm smartphone próprio.
Os
pais instalam ferramentas de filtro ou controle de conteúdo nos smartphones dos filhos? Cento e oitenta pais
cujos filhos de 0 a 12 anos têm smartphone próprios foram questionados sobre
este assunto: um resultado preocupante: 81% deles afirmou que não e apenas 12%
afirmou que sim.
Celular
ajuda ou atrapalha?
Quando os pais foram perguntados se eles acham que o smartphone, nos dias
atuais, ajuda ou atrapalha na criação dos filhos, 52% respondeu que o aparelho
ajuda mais do que. Os demais afirmaram o contrário. Nesta questão foram ouvidos
545 pais que têm smartphone e possuem filhos de 0 a 12 anos.
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