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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Seis tendências sobre Governança, Gestão de Risco e Compliance para 2018



O Compliance ganha cada dia mais importância; são publicadas cerca de 15 mil normas ao mês entre todas as esferas de governo


A velocidade das transformações na economia, na política e no comportamento das pessoas tem afetado o ambiente de negócios e as próprias organizações, quer pelo desenvolvimento das relações éticas, quer pela burocracia governamental. Para atender às exigências desse novo cenário, com um significativo acréscimo no arcabouço legal e a exigência de maior transparência, a necessidade de uma estrutura efetiva e robusta de GRC (Governança, Risco e Compliance) tem crescido significativamente nas organizações.

A Nasdaq BWise, líder mundial na produção de soluções de GRC, acompanha de perto essas transformações do mercado e identificou as seis principais tendências em 2018:


Política de Relacionamento com os clientes em conformidade com resolução do Banco Central

No fim do mês de novembro de 2017, entrou em vigor a resolução n.º 4539/16, do Banco Central, que trata sobre política de relacionamento com os clientes. A norma dispõe sobre como os bancos devem conduzir suas atividades com base nos princípios da ética, responsabilidade, transparência e diligência junto aos seus clientes e usuários de produtos e serviços. Esforços nesse sentido já vêm sendo feitos para minimizar as diversas reclamações em órgãos como a Senacon (Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor), o Banco Central e o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor).

“Nossa ferramenta pode minimizar essas ocorrências, já que apoia todo o processo de concepção de produtos e serviços e possibilita a avaliação de aderência às normas pelas equipes comerciais e de atendimento. Além disso, identifica as vulnerabilidades em processos operacionais e acompanha os planos de ação para solução desses problemas, quando identificados”, diz Wagner Pugliese, Practice Leader de GRC Solutions Latam na Nasdaq BWise


Compliance em pauta

A área de Compliance está entre as principais tendências não apenas para 2018 como também para os próximos anos, uma vez que as empresas têm de estar em conformidade com regras e normas específicas. Mais do que o atendimento a leis, a adoção de boas práticas deve fazer parte da cultura organizacional.

O grande gargalo nesse segmento é a captura das regulamentações, o tratamento do que é relevante e a implantação das alterações necessárias para atender a esses normativos. “A tendência é que mais setores tenham regulamentação específica. Assim, como recentemente tivemos a publicação da resolução do Banco Central n.º 4595/2017, que dispõe sobre Compliance nas instituições financeiras, estão sendo estruturadas normas para a área de saúde”, esclarece Pugliese.

Ele explica que no segmento financeiro há cerca de 3 mil publicações mensais envolvendo normas das esferas públicas municipais, estaduais e federais, além das autorregulações de outras entidades, como da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), por exemplo. Se considerados outros setores, são publicadas cerca de 15 mil normas ao mês. “Nossa ferramenta ajuda no monitoramento de todas essas normas, na definição do que afeta o negócio, no acompanhamento da implantação e na consolidação dos riscos por tipo e natureza”.


Alinhamento com Novo COSO ERM

Claudinei Elias, Managing Director da Nasdaq BWise no Brasil, aponta também mudanças na gestão estratégica de riscos em função das características do novo COSO ERM (Enterprise Risk Management), elaborado pela organização COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission). As principais alterações miram o alinhamento da gestão de riscos com a estratégia da empresa e a performance, sua ligação com o processo decisório, a gestão do apetite ao risco e a variação aceitável em termos de performance. “É uma importante evolução do COSO ERM porque trata amplamente a gestão dos riscos corporativos e se complementa com o COSO 2013, que é o modelo de avaliação do sistema de controles internos”.


Stakeholders de acordo e cientes dos princípios da organização

De acordo com Pugliese, um dos destaques é a auditoria da cultura organizacional baseada no conceito “extended organization, no qual se espera que todos os envolvidos na cadeia de valor da companhia tenham o comportamento e as percepções alinhadas aos seus princípios organizacionais (missão, visão e valores). “Como as empresas estão contratando mais serviços de terceiros, é imprescindível que esses parceiros tenham essa aderência ao ambiente cultural da corporação”.


Avaliação mais rígida sobre os riscos existentes em parcerias

Outra tendência é a atenção necessária aos riscos existentes nas parcerias, como ocorre nas Joint Ventures. “A complexidade da estrutura de governança empresarial e do posicionamento da auditoria interna nesse contexto é determinante para uma atuação plena para entender e atuar sobre os riscos”. O executivo aconselha, entre outras ações, uma avaliação periódica das transações entre as partes relacionadas, o acesso irrestrito e tempestivo aos relatórios gerenciais e da alta administração, além das comunicações sobre os alertas e os incidentes operacionais.


Cybersecurity e a proteção dos dados das empresas

Grande parte das empresas brasileiras já se deu conta de que as informações geradas por elas são ativos de extrema importância para o seu negócio. Com isso, há uma preocupação cada vez mais intensa em relação à proteção da base de dados da companhia, o que faz do Cybersecurity uma grande tendência para se manter na agenda dos executivos no próximo ano. A Nasdaq BWise conta com a solução Infosec, capaz de montar painéis que refletem os resultados do monitoramento de segurança da informação nos diversos perímetros. “Iniciativas de cunho tecnológico que suportarão as empresas num ambiente de maior pressão e complexidade regulatória, especialmente advindas da sociedade e dos governos, já estão endereçadas. Cada vez mais o acesso a mecanismos de inteligência artificial, robotização, aprendizado da máquina e o uso de Data Analytics serão relevantes para amparar a jornada de transformação disruptiva de todos os setores da economia, mantendo a segurança jurídica dos negócios e a conformidade a leis e a regulamentos”, esclarece Pugliese.

Nesse novo cenário com mudanças constantes, a figura do Trusted Advisor também ganha mais importância. Profissionais preparados e atualizados contribuem para que a evolução do processo de GRC das empresas siga o mesmo ritmo das exigências do mercado.






Nasdaq BWise




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