Pesquisar no Blog
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Adolescentes e os computadores: aí meu Deus!
Nada mais comum atualmente do que encontrar adolescentes grudados no celular, tablet e computadores. Às vezes dá impressão que já nasceram grudados aos aparelhos eletrônicos. Com o exagero, o que poderia ser de grande ajuda para o estudo e a comunicação, acaba se tornando problema.
Para a professora adjunta Maria Sylvia de Souza Vitalle, presidente do Departamento Científico da Adolescência da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo) e chefe do Setor de Medicina do Adolescente do Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a questão do uso incontrolável dos computadores por parte dos adolescentes é meio uma consequência da ‘terceirização’ dos filhos. “Muitos pais precisam se ausentar por períodos longos por exigências de trabalho, por exemplo, e não conseguem supervisionar adequadamente as atividades das crianças”.
A doutora ressalta que os adolescentes precisam de supervisão sempre. Para que não se tornem totalmente dependentes das máquinas, é essencial dar o exemplo.
“Existem regras básicas de convívio e participação em todas as atividades familiares, como limitar o uso de todos os aparelhos eletrônicos, selecionar o que os adolescentes podem acessar, ensinar a ver as máquinas com olhar crítico e manter-se alerta para o que o filho vê na internet. Além de lembrar frequentemente que TV e computador não são babás”.
Maria Sylvia aconselha os pais a não confundir privacidade, com liberalidade total, pois isso acarreta exposição a riscos.
“Além de colocar limites ao uso, é necessário explorar as ferramentas possíveis de bloqueio de conteúdos e informar dos riscos do mundo digital, como o cyberbullying”, destaca.
Estudos apontam que 33% dos adolescentes mudam o comportamento quando sabem que os pais estão supervisionando; 48% deles escondem algumas atividades dos pais; 20% apagam mensagens; 23% apagam o histórico do navegador; e 16% minimizam o navegador quando adultos estão por perto.
Quanto ao tempo que eles podem passar nos aparelhos, Maria Sylvia adverte que a utilização dos dispositivos eletrônicos “não pode nunca comprometer as atividades cotidianas; e o tempo precisa ser delimitado de acordo com as idades e o desenvolvimento das crianças e adolescentes”. Claro que a conexão com a internet tem pontos positivos também, diversos.
“São ótimos aliados para a educação e aquisição de conhecimento. As mídias sociais têm imenso potencial de motivação. Sabendo usar, incrementam as habilidades cognitivas, sendo capazes de desenvolver a leitura, o vocabulário e a criatividade. Podem auxiliar na resolução de problemas e atuar na melhora do desempenho de matemática. Portanto, podem enriquecer e em muito o conteúdo acadêmico, trazendo benefícios em distintas áreas, como história, artes, ciência, literatura, música, somente para citar algumas. Há a facilidade do acesso, trazendo o mundo à palma da mão; isso pode aumentar o capital cultural das pessoas. E é o capital cultural que também auxiliará na formação de cidadãos melhores”, conclui.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Posts mais acessados
-
O uso exagerado de aparelhos eletrônicos e a falta de sono já são considerados marcas registradas das novas gerações. Mas será que ambo...
-
Nova linha combina a tecnologia patenteada Enerjuve ™, ingredientes botânicos e fragrâncias exclusivas A Amway, maior empresa ...
-
Desafio 1- Inclua 12 minutos de exercícios físicos na sua rotina Muita gente acredita que deve entrar na nova rotina saudável &...
-
As empresas devem dar primordial atenção e cuidado no oferecimento de um ambiente de trabalho saudável para os seus empregados, sob pena de ...
-
Especialista lista medidas que podem ser tomadas para combate-la É interessante como essa síndrome acontece cada vez mais com os...
Nenhum comentário:
Postar um comentário