Pesquisar no Blog

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Nova geração de idosos: o que eles fazem para envelhecer melhor?



 Para especialista do Hospital 9 de Julho o comportamento do idoso começa a mudar: mais atividades físicas, convívio social e, em contrapartida, doenças crônicas estáveis e aumento da qualidade de vida


Viagens com os amigos, aulas de dança - parece a enumeração da rotina de um jovem, mas, segundo o Dr. Marcelo Levites, coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, cada vez mais os idosos têm realizado atividades como essas, que são prazerosas e fazem bem à saúde. “A nova geração de quem já passou dos 65 anos entendeu os malefícios do cigarro, do sedentarismo e da reclusão social e, por isso, tem mudado os hábitos para viver mais e melhor”, comemora o médico.

O especialista lembra que, antes da revolução industrial, a expectativa de vida era de até 55 anos. Com a evolução de tratamentos médicos e a conscientização das novas gerações, essa expectativa só tende a aumentar. “Diversos estudos indicam, por exemplo, que pessoas mais sociáveis e felizes têm uma saúde melhor”, explica o Dr. Levites. Por isso, proporcionar aos pacientes uma agenda descontraída, com estímulos físicos divertidos, como uma aula de dança, e oportunidades de sociabilização, como em uma viagem entre amigos, pode ajudar a prevenir doenças como a depressão e problemas crônicos como diabetes e hipertensão.

“A terceira idade tem sido cada vez menos vista como um período de reclusão. Observamos que muitos idosos definem uma segunda carreira, novos hobbies e interesses nesse período. O avançar da idade apresenta um mundo de oportunidades”, reforça o Dr. Levites.

Para estimular uma rotina mais saudável para os idosos, dê uma olhada nestas dicas e ajude-os a ter uma vida mais saudável:


Atividade física: Segundo estudo da Organização Mundial da Saúde*, por volta dos 60-65 anos, homens e mulheres sentem os primeiros sintomas da velhice como ossos frágeis e organismo lento. “Hidroginástica e caminhadas são duas opções prazerosas e exercícios interessantes para idosos, já que têm baixo impacto, mas estimulam diversas áreas do corpo, como o sistema cardiovascular, músculos e ossos”, observa o Dr. Levites, que complementa: “Além dos efeitos de longo prazo, as atividades físicas liberam serotonina, o hormônio responsável pelo bem-estar”.


Sexualidadecom a chegada de medicamentos para disfunção erétil muitos casais idosos redescobriram o apetite sexual e encaram o sexo de forma saudável. “É importante que o tratamento para disfunção erétil tenha um acompanhamento médico, já que não é indicado para homens com doença coronária pelo efeito vasodilatador”, explica o Dr. Levites.


Independência: pessoas na terceira idade estão cada vez mais independentes das famílias. Viagens com amigos, idas ao cinema, continuação dos estudos e até a identificação com uma nova profissão, fazem com que a nova geração de idosos afaste doenças psicológicas como depressão e síndrome do pânico.


Exames preventivos: ir ao médico apenas quando está se sentindo mal era um hábito comum na terceira idade. Atualmente, o idoso entendeu que adotar a prevenção ajuda a garantir a boa saúde durante o envelhecimento. Como algumas doenças são silenciosas e assintomáticas, o acompanhamento periódico é fundamental para aumentar as chances de cura e facilitar o tratamento.

É importante lembrar que o avançar da idade exige cuidados, mas, na maioria dos casos, a prática de exercícios e a manutenção da vida social fazem diferença na qualidade de vida. “É fundamental ter uma vida saudável e aliada ao acompanhamento médico. No Centro de Longevidade do H9J, por exemplo, temos uma variada programação que inclui exercícios físicos, passeios, cinema e atividades recreativas com uma equipe multiprofissional formada por nutricionistas, psicólogos e até de médicos do esporte para que os pacientes sejam tratados integralmente”, finaliza o Dr. Levites.









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados