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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Intercâmbio para o México: como aproveitar a festa do Dia de Los Muertos?



A primeira região a desenvolver civilizações complexas nas Américas foi o território que hoje conhecemos como mesoamérica, área da América Central que toma grande parte do México e alguns países vizinhos. Essa região, ainda hoje, é repleta de uma cultura ímpar e belíssima, que nos meses finais do ano culmina com a festa do Dia de Los Muertos.

Conhecer essa festa, que se estende do dia 31 de outubro a 2 de novembro, é mergulhar na cultura local em uma das ocasiões mais interessantes e diferentes que nosso continente pode oferecer. Fazer um intercâmbio para o México nutre o estudante não só com a língua espanhola, que é o tradicional, mas também o leva a conhecer aspectos do povo que datam de centenas de anos antes da era comum, com os povos indígenas responsáveis por grandes construções, tradições peculiares e cheias de dança, festa e alegria.

Muitos podem questionar o aspecto do estudo da língua espanhola, se comparada ao inglês, por exemplo. Porém, ao contrário do que pensam, o espanhol é muito mais do que o “portunhol” que se fala por aí. Ela pode parecer uma língua fácil, mas ainda assim é estratégica, sendo o quarto idioma mais falado no mundo. Considerando que a maioria das empresas no Brasil possuem inúmeros negócios na América Latina, o espanhol é quase que obrigatório para manter boas relações comerciais, hoje em dia. Em termos de currículo só se tem a ganhar, pois novas oportunidades se mostram.

Mas intercâmbio não é só língua, é imersão em uma cultura diferente. E em termos de cultura, essa época é ideal, pois não há festa mexicana mais peculiar do que o Dia de Los Muertos. A festa começou com civilizações como os astecas, maias, dentre outros, e partia de um ponto de vista diferente sobre a morte, o de que ela faz parte de um ciclo natural da vida, e não é o oposto a ela. Não se trata de um “castigo divino”, como fala a cultura judaico-cristã, a que estamos habituados.

Por isso, a alegria em um dia em que os espíritos dos familiares visitam seus entes queridos é visto como um dia de festa, de lembrança, e não de melancolia. Embora coincida com o calendário europeu do Halloween, Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, aqui no Brasil, a data nada tem a ver com essa visão, sobretudo porque suas raízes históricas, culturais e até climáticas são diferentes. Para os europeus, de onde as datas comuns vêm, essa era uma época de frio intenso, do começo do inverno, onde tudo morre, plantas, animais, pessoas. Na mesoamérica não era a mesma época do ano, não havia o “fantasma” do inverno e da escassez.

Poder estar em contato com essa diferença cultural é enriquecedor de muitas maneiras, pois o modo de pensar das pessoas da região é diferente, até mesmo em assuntos tão universais. Além disso, sempre é possível aproveitar o México por muitos outros motivos, como a culinária apimentada e exótica, as lindas praias e o povo hospitaleiro tão próximo e tão distante, ao mesmo tempo, de nós brasileiros.

O local é interessante, sobretudo para quem vem buscando aprender. A região convive em harmonia com a beleza natural e um povo orgulhoso de conquistas e lutas históricas muito importantes. Ciudad de Mexico e Playa del Carmen, por exemplo, são duas das cidades mais cosmopolitas do país e ideais como destino para o intercâmbio. Elas permitem a imersão do estudante sem se que se deixe totalmente de lado o padrão de vida com que estamos acostumados aqui no Brasil.






Mariana Carone - Consultoria do departamento de produtos da Global Study.







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